E agora eu era puta e tinha um quarto onde recebia homens. Todo forrado a encarnado e com um espelho pendurado no tecto, claro. Um espelho onde eu pudesse espreitar as costas deles e a forma como se afundavam em mim. Entravam, faziam e saíam. Não eram só eles que faziam: eu também fazia. Eu mandava. Agora eu era uma puta, não tinha medo dos homens e dos seus gestos bruscos ou suaves. Entravam e eu tirava-lhes a pinta, este não consegue foder com a mulher, este não tem mulher, este trabalha demais para esquecer que existe. E agora eu era puta e largava os medos e a vida voltava a ser minha .
3 comentários:
WILD!
(ah tigresa)
bela posta. grande fantasia. bom desabafo.
Também digo...
Belo 'desaparafusanço'!
também, bela posta!
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