01 outubro 2012

de um porto italiano ao futuro




Recentemente resolvi comparar os dvds do Marco para mostrar à minha filha e recordar a série que tanto me tinha presa à televisao sofrendo pelo míudo que nao encontrava nunca a mãe. Nem tinham passados 10 minutos do primeiro episódio e já estava eu a correr para a casa de banho, a chorar convulsivamente, carpindo memórias que pensava esquecidas, perante o olhar espantado da minha filha. Ao terceiro episódio lá recuperei e comecei a seguir a história. É curioso, quando era míuda não tinha reparado que o Marco tinha de trabalhar para sobreviver, que bebia vinho, que além de ir à escola tinha de trabalhar em casa para poder ajudar a sua familia e que estava separado da sua mãe porque ela teve de imigrar para poder ganhar dinheiro para a familia. Ou que queria ser médico quando fosse grande e  às vezes parecia um homem pequenino e não um menino, ainda que o seu macaquinho puxava-o para as macacadas próprias das crianças.
Quem sabe um dia, quando daqui a minha filha mostrar o dvd do marco aos seus filhos, se possa dizer sem desmentir as estatisticas: ainda bem que agora as coisa já não são como no tempo da avó e dos bisavós e dos trisavós. Agora, quase nenhuma criança no mundo que passa fome, frio, vai à guerra, é separada da sua familia ou tem de trabalhar. Agora, as crianças dedicam-se a aprender as suas coisas da escola, dedicam muito tempo à pintura, às artes e ao desporto e ajudam as pessoas adultas e as mais velhas a não se esquecerem como é bom ser feliz com coisas simples.

2 comentários:

foi dançar a bossa nova disse...

Já não só tão optimista. Se baixarmos umas quantas casas percentuais nessa altura, já me dou por muito contente.

na prise és bestial disse...

vai por este mundo uma escuridão tão grande que, somado ao spm de que padeço, me faz quase desejar que uma profecia marada resolva o que ninguém quer ou pode resolver.