06 abril 2008

A mulher que queria ser torradeira

Em frente à torradeira descobri em mim a clarividência que sempre quis ter. De repente tudo fazia sentido, um sentido sinuoso e torto que não consigo reconstruir em frente ao computador, de repente o tempo não era este abismo incompreensível que me afasta do que vai ficando para trás e me transforma numa mulher que não sei se quero ser, em frente à torradeira pensei que o medo tinha desaparecido que afinal não havia razão para ter medo para duvidar para calar, o medo que se lixe porque afinal tudo faz sentido enquanto duas fatias de pão escurecem numa máquina incandescente. Quero ser uma torradeira e deixar esta forma de mulher onde não caibo.

2 comentários:

zamot disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
nove e tal disse...

a resistência da minha queimou. é pena.


e com um isqueiro? não dá?

pois não. queima-se o dedo. ou acaba-se o gás.

raistaparta
rais
parta
ri
para
ti

(armada em ana hatherly)