Depois deste post e dos respectivos comentários, não resisti a iluminar o mundo sobre a causa do reaparecimento dos nomes antigos e do tratar os filhos por tu ou por você. Comecemos pelos primeiros.
Há quase um ano, foi aqui feita uma incursão sobre os nomes próprios e a sua variação ao longo dos tempos. A razão pela qual os nomes ditos tradicionais estão de volta com uma disseminação de proporções verdadeiramente tsunamicas/irritantes e para que todos os Zés dos subúrbios não tradicionalmente chiques tenham filhas chamadas Matilde (e até pretendem tratá-las na 3.ª pessoa do singular, independentemente de tudo o resto) é simples. São as telenovelas da TVI!
Reparem: Foi nos anos 90 que começou a invasão dos nomes bafientos. E foi na TVI, nos anos 90, que a produção nacional deste género começou em força, com enredos sempre passados em clima de média/alta alta sociedade, tudo cheio de quintas e herdades, onde os meninos/as se apaixonam pelas sopeiras e pelos moços de estrebaria e acaba sempre tudo em tons de cor-de-rosa porque, afinal, o que conta é o amor e tal. Ora, as personagem são sempre Martins e Matildes e, vai daí, pimba, a nova geração é toda de Martins e Matildes. Lógico, não?
Para ser justa, também tenho de reconhecer que as Caras, Flash, Marias e TV Guias e afins também ajudam porque todas as crianças derivadas de famosos (independentemente de isso ser uma realidade ou uma produção fictícia) também são Martins ou Matildes (via TVI, claro!).
Quanto ao tratar os filhos por tu ou por você: por uns poucos que sabem porque o fazem, tantos outros apenas imitam e é nestes tantos casos em que tudo aquilo soa de maneira estranha. Juntamente porque é estranho (mais um exercício notável de lógica).
Há quase um ano, foi aqui feita uma incursão sobre os nomes próprios e a sua variação ao longo dos tempos. A razão pela qual os nomes ditos tradicionais estão de volta com uma disseminação de proporções verdadeiramente tsunamicas/irritantes e para que todos os Zés dos subúrbios não tradicionalmente chiques tenham filhas chamadas Matilde (e até pretendem tratá-las na 3.ª pessoa do singular, independentemente de tudo o resto) é simples. São as telenovelas da TVI!
Reparem: Foi nos anos 90 que começou a invasão dos nomes bafientos. E foi na TVI, nos anos 90, que a produção nacional deste género começou em força, com enredos sempre passados em clima de média/alta alta sociedade, tudo cheio de quintas e herdades, onde os meninos/as se apaixonam pelas sopeiras e pelos moços de estrebaria e acaba sempre tudo em tons de cor-de-rosa porque, afinal, o que conta é o amor e tal. Ora, as personagem são sempre Martins e Matildes e, vai daí, pimba, a nova geração é toda de Martins e Matildes. Lógico, não?
Para ser justa, também tenho de reconhecer que as Caras, Flash, Marias e TV Guias e afins também ajudam porque todas as crianças derivadas de famosos (independentemente de isso ser uma realidade ou uma produção fictícia) também são Martins ou Matildes (via TVI, claro!).
Quanto ao tratar os filhos por tu ou por você: por uns poucos que sabem porque o fazem, tantos outros apenas imitam e é nestes tantos casos em que tudo aquilo soa de maneira estranha. Juntamente porque é estranho (mais um exercício notável de lógica).
O que me enerva é a pretensão pretensiosa de que basta um determinado nome próprio ou um tempo verbal para que tudo na vida mude.
PS: Nunca tive colegas com nomes tão extraordinários como Fabíola Gisela ou Sandra Lafaiete, mas adoro esta: no Brasil há um operador de câmara dá pelo belo nome de José Microondas!
2 comentários:
eu confesso que também me custa ver os pais a tratarem os filhos por você, as relações são feitas de muitas coisas, mas esse tratamento parece que cria distância..
José microondas é lindo!
Não trato por vc os meus filhos, mas também não acho que isso, só por si, crie distância, embora perceba o que dizes.
Entre dizer "sai daqui" ou "venha cá", a distância está no verbo, não na pessoa.
Enviar um comentário