Só respirava...
Foi muito estranho despedir-me de uma pessoa ainda com alguma réstia de vida e ter a certeza que era um adeus.
Hoje de manhã morreu.
Deixou dois filhos um de quatro e outro de treze. A vida às vezes é cruel, e muitas das vezes para quem fica.
Nestes momentos pensamos sempre que nos preocupamos com coisas demasiado triviais, demasiado frívolas. Contudo dei-me conta ao estar com ela, ao lembrar-me do que ela foi toda a vida, que a vida está feita dessas mesmas coisas, de sonhos, expectativas, andar para a frente, sempre para a frente.
Mesmo na doença não vi esta mulher parar de sonhar, de planear de ter um quotidiano.
Ontem mal estava cá e hoje já não está. O momento que separa a vida da morte é demasiado curto para aquilo que nós somos...se calhar ainda bem.
Adeus mulher. Eras uma força da natureza mas a doença foi mais forte que tu.
Adeus...
4 comentários:
Demasiada coincidência para não ser a mesma pessoa.
O mundo é pequeno.
E isso é que faz do mundo um sitio lindo para se viver.....
um grande abraço Micas
Demasiada coincidência para não ser a mesma pessoa.
Há muito que não a via mas E. não se esquecia pela alegria de viver, pela forma salutar com que se relacionava com os outros, pela leveza com que encarou algumas contrariedades e pela força com que, à sua moda, lutou pela vida. Os nossos filhos têm apenas alguns dias de diferença. Nunca fui capaz de a ver doente. Mais um adeus.
"Um sítio lindo para se viver..."
Este comentário fez o meu dia. Obrigada.
Um beijinho grande.
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