Ó senhor presidente da academia, então explique-me lá a coisa. Eu vou ali até á Praça de Espanha não é, assim como quem quer ir para a Avenida de Berna direito às Olaias e assim muito de repente distraio-me por dois segundinhos e em vez de cortar á direita para contornar a Rotunda dou comigo a seguir em frente. Não há problema, penso eu, crédula que nem um perú antes de ser trinchado para a ceia de Natal, faço já inversão de marcha ali á frente, ali mesmo á frente, espera, não aqui não dá, isto é a entrada dum hotel, deve ser um bocadinho mais á frente, não há crise nenhuma, penso eu, até porque já percebi que cortando ali mais á frente á direita e depois à esquerda posso de novo apanhar o cruzamento com a avenida de Berna. Perfeito. Não era? Doce ilusão. Não podia virar ali á esquerda nesse cruzamento, tinha que cortar para a direita e seguir ao longo da Alameda Cardeal Cerejeira toda até finalmente chegar lá ao cimo onde poderia enfim cortar á direita na R.Castilho e de novo á direita entrando na Marquês da Fronteira, sentido descendente até ao Corte Inglês onde, todo o meu sentido de lógica me dizia que finalmente haveria maneira de poder virar para a esquerda.
Porque, senhor presidente, eu só queria era poder virar para a esquerda algures, percebe? Era uma simples inversão de marcha compreende? Não, não deve compreender porque a verdade é que, mesmo parecendo contrair todas as leis fisicas que definem o simples conceito de círculo, ali no Corte Inglês era de novo impossível virar á esquerda para voltar a apanhar a Praça de Espanha por isso fui obrigada a passar todos os cruzamentos do Saldanha e seus respectivos semáforos até á Marquês de Tomar onde a esperança finalmente se tornou uma realidade e pude virar á esquerda e depois á direita chegando então ao meu primeiro destino que era a Avenida de Berna. Não tivesse eu posto dez euros de gasosa no veículo antes de me fazer á estrada e se calhar ainda tinha que voltar a fazer de novo todo o sentido inverso em busca duma bomba de gasolina, isto é se conseguisse fazer inversão de marcha, claro.
...
Ora explique-me lá como é que um gajo sai de casa direito á Praça de Espanha e quase acaba numa visita turística á Ponta de Sagres sem sequer saber como nem porquê?. E nós a achar que promoviamos mal o país. Ou anda a tentar passar mensagens subliminares ao pessoal? Recebe comissão na venda de GPS's é?
Porque, senhor presidente, eu só queria era poder virar para a esquerda algures, percebe? Era uma simples inversão de marcha compreende? Não, não deve compreender porque a verdade é que, mesmo parecendo contrair todas as leis fisicas que definem o simples conceito de círculo, ali no Corte Inglês era de novo impossível virar á esquerda para voltar a apanhar a Praça de Espanha por isso fui obrigada a passar todos os cruzamentos do Saldanha e seus respectivos semáforos até á Marquês de Tomar onde a esperança finalmente se tornou uma realidade e pude virar á esquerda e depois á direita chegando então ao meu primeiro destino que era a Avenida de Berna. Não tivesse eu posto dez euros de gasosa no veículo antes de me fazer á estrada e se calhar ainda tinha que voltar a fazer de novo todo o sentido inverso em busca duma bomba de gasolina, isto é se conseguisse fazer inversão de marcha, claro.
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Ora explique-me lá como é que um gajo sai de casa direito á Praça de Espanha e quase acaba numa visita turística á Ponta de Sagres sem sequer saber como nem porquê?. E nós a achar que promoviamos mal o país. Ou anda a tentar passar mensagens subliminares ao pessoal? Recebe comissão na venda de GPS's é?
5 comentários:
E o minotauro, não encontraste?
sim, sim, pareceu-me vê-lo a tomar um café na esplanada, descontraido na companhia do senhor presidente da academia.
Tens a certeza que era ele? Ia jurar que nesse dia estava a fazer umas horas como sinaleiro.
e eu há uns tempos ia dar boleia a a um amigo até benfica e não sei como fui parar a almada.. o minotauro devia andar à solta nesse dia
eu preciso de um gps tb, mas é dos outros. sabes onde fica o bazar?
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