"Os imigrantes estão a revolucionar a legislação portuguesa, que não admite grande criatividade na escolha do nome dos próprios filhos.
"Átila", "Gildásio" e "Miqueias" são alguns dos novos nomes permitidos pela primeira vez este ano. Até ao dia 15 de Julho deste ano, a Direcção-Geral dos Registos e Notariado autorizou 18 novos nomes. A lista começa com "Adiel" e termina com "Umbelina". Pelo meio, surge uma "Lira" e um "Evangelino".
Para o antropólogo do Instituto de Ciências Sociais (ICS), João Pina Cabral, a revolução no conservador mundo onomástico português deve-se essencialmente aos imigrantes que nos últimos anos escolheram Portugal para viver. Segundo referiu o professor, responsável pelo Simpósio Internacional sobre Nomes, com início a 27 de Setembro no ICS, em Lisboa a lei portuguesa, bastante limitativa, foi defendida pelas camadas sociais mais altas segundo a noção de que as pessoas deveriam ser protegidas. As regras de nomeação onomástica surgiram na década de 30 do século passado, no início do período Salazarista e da implementação das leis do Registo Civil, fazendo com que os nomes portugueses se repetissem até à exaustão.
Pina Cabral vê com bons olhos o caminho que nos últimos anos foi sendo desbravado pelos imigrantes, defendendo que as pessoas devem ter liberdade para pôr aos seus filhos o nome que querem e que a lei não tem o direito de o impedir."
"Átila", "Gildásio" e "Miqueias" são alguns dos novos nomes permitidos pela primeira vez este ano. Até ao dia 15 de Julho deste ano, a Direcção-Geral dos Registos e Notariado autorizou 18 novos nomes. A lista começa com "Adiel" e termina com "Umbelina". Pelo meio, surge uma "Lira" e um "Evangelino".
Para o antropólogo do Instituto de Ciências Sociais (ICS), João Pina Cabral, a revolução no conservador mundo onomástico português deve-se essencialmente aos imigrantes que nos últimos anos escolheram Portugal para viver. Segundo referiu o professor, responsável pelo Simpósio Internacional sobre Nomes, com início a 27 de Setembro no ICS, em Lisboa a lei portuguesa, bastante limitativa, foi defendida pelas camadas sociais mais altas segundo a noção de que as pessoas deveriam ser protegidas. As regras de nomeação onomástica surgiram na década de 30 do século passado, no início do período Salazarista e da implementação das leis do Registo Civil, fazendo com que os nomes portugueses se repetissem até à exaustão.
Pina Cabral vê com bons olhos o caminho que nos últimos anos foi sendo desbravado pelos imigrantes, defendendo que as pessoas devem ter liberdade para pôr aos seus filhos o nome que querem e que a lei não tem o direito de o impedir."
Será que já posso baptizar o meu próximo filho de Caetano USANavy, em homenagem ao seu avô americano de origem brasileira que há muito tempo atrás se perdeu e encontrou por poucos dias pelas ruas desta cidade, e voltou a subir ao barco deixando para trás o ventre cheio de vida da minha avó africana e goesa que ainda tinha familia alemã?
4 comentários:
Faz lembrar a anedota dos japoneses, que a outra multipla pôs numa caixa de comentários mais abaixo.
Na realidade, cara multipla, não estou de acordo consigo. Porque é os imigrantes se hão de ter de aculturar e passar a ter de pôr nomes portugueses aos filhos? Porque é que não podem preservar a sua cultura, escolhendo um nome com o qual se identifiquem?
Gostava de ser obrigada a pôr Françoise a uma filha só porque nasceu em França? Ou Michael a um moçoilo nascido nos EUA, em vez de Miguel como o seu avô?
É uma questão de gosto achar que Caetano é bonito ou feio. Eu por acaso até acho giro. Átila Huno far-me-ia sorrir, mas se os pais gostam o que é que eu tenho a ver com isso? (já a criança n gostar é outro problema, mas n conheço ninguém que não tenha questionado a beleza ou pertinencia do próprio nome).
querida multipla, a comunicação é de facto uma coisa fantástica, ponho eu este artigo com a intenção de dar a conhecer as mudanças positivas que os imigrantes têm trazido a este nosso país tão conservador, e escrevo o paragrafo final com a intenção de, em geito de brincadeira, mostrar que isto do ser portugues é uma mera artificialidade, pois temos imensas misturas, e o que se lê é que eu acho que o referente positivo é limitar as escolhas dos nomes aqueles tipicamente portugueses... Como deves imaginar, está longe de mim tal ideia, a liberdade acima de tudo, concordo com a ideia de um estado protector de direitos mas não limitador das liberdades fundamentais, sejamos livre de chamar-nos como queiramos.
Quanto às correções ortograficas do senhor pirata, até é capaz de ter razão, mas olhe é o que se arranja...
vês, o meu comentário serviu para esclareceres a tua posição... somos umas para as outras ;)
Obrigadinha multipla, aperta aí o bacalhau! :)
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