23 julho 2011
09 julho 2011
04 julho 2011
i just can't get enough
Finalmente encontrei a autocaravana, depois de muitos anúncios e telefonemas. Mas nem aqui me safei de burocracias. As autocaravanas precisam de seguros. Os seguros são caros. Através do clube português de autocaravanismo consegui chegar a um seguro razoável, que não me deixa sem dinheiro para o gasóleo. Fiz-me sócia. E o grande momento chegou:
"Companheira oito e coisa,
Acusamos a recepção da sua candidatura a sócia do C.P.A.
Foi-lhe atribuído provisoriamente o nº 1234.
Após aprovação formal em reunião de Direcção, enviaremos toda a sua documentação.
Ao dispor, Saudações Autocaravanistas"
Oh a infinita glória de ser autocaravanista.
03 julho 2011
brisa
Recordo o prazer daqueles dias em dormia na casa dos meus avós, aqueles dias que se sabiam iguais, em que o tempo era diferente do tempo da escola ou dos fins de semana. Era aquele prazer que sentia ao acordar com o canto do galo tediboy, despedir o meu avô que saía logo cedinho para trabalhar e ficar só eu e a minha avó a fazer as rotinas da vida: dar dois biscoito ao cão da vizinha acompanhados de umas palavras meiguinhas, recolher o ovo quentinho da galinha e fazer uma gemada com pao e ovomaltine, tratar dos animais, as rendas e os bordados, o repassar vezes sem conta o enxoval já preparado para um futuro que levaria muitos anos a chegar, o descobrir uma e outra vez os jogos de madeira que o meu avô guardava como a um tesouro, escondidos sempre no mesmo sítio, usados e voltados a guardar, com cumplicidade e respeito. Foram momentos que deixaram de repetir-se há muitas vidas atrás mas que ao recordá-los parecem atravessar-me de novo vindos de lá muito atrás para dizer, presente!
retroprospectiva
Ah que saudades do tempo em que a oito pendurava frequentemente posts fresquinhos aqui neste lençol, das descriçoes das casas habitadas por bichos e quem sabe que mais, das histórias de videntes em istambul ou do rapaz que comia sapos (ou seria lagartos?), de quando se brincava aos amores ou se escrevia ao desafio, se debatiam opinioes e havia comentários sérios, divertidos ou fora de tom. Que saudades do tempo em que isto nao era um velho café abandonado onde se vêm cá guardar umas coisas porque nao se sabe muito bem onde pô-las. Qualquer dia falo com as minhas sócias a ver se damos aqui uma limpeza, pomos um letreiro na porta, vendemos isto a um milionário japonês e vamos todas de férias conhecer as maravilhas do caribe.
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