Em Londres está um sol radioso e a neve ainda não derreteu e está tudo a brilhar!
Está frio, isso sim!
Em Barcelona foram-se embora os aguaceiros que não deixavam a roupa secar e fez um dia de sol, até o frio se derreteu. Dá gosto andar na rua.
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04 fevereiro 2009
03 fevereiro 2009
Já o tempo se habitua
Já o tempo se habitua
A estar alerta
Não há luz Que não resista
À noite cega
Já a rosa Perde o cheiro
E a cor vermelha
Cai a flor Da laranjeira
À cova incerta
Água mole Água bendita
Fresca serra
Lava a língua Lava a lama
Lava a guerra
Já o tempo Se acostuma
À cova funda
Já tem cama E sepultura
Toda a terra
Nem o voo Do milhano
Ao vento leste
Nem a rota Da gaivota
Ao vento norte
Nem toda A força do pano
Todo o ano
Quebra a proa Do mais forte
Nem a morte
Já o mundo Se não lembra
De cantigas
Tanta areia Suja tanta
Erva daninha
A nenhuma Porta aberta
Chega a lua
Cai a flor Da laranjeira
À cova incerta
Nem o voo Do milhano ...
Entre as vilas E as muralhas
Da moirama
Sobre a espiga E sobre a palha
Que derrama
Sobre as ondas Sobre a praia
Já o tempo
Perde a fala E perde o riso
Perde o amor
O José Afonso, para além de ser um dos melhores compositores portugueses, era um letrista como há poucos.
A estar alerta
Não há luz Que não resista
À noite cega
Já a rosa Perde o cheiro
E a cor vermelha
Cai a flor Da laranjeira
À cova incerta
Água mole Água bendita
Fresca serra
Lava a língua Lava a lama
Lava a guerra
Já o tempo Se acostuma
À cova funda
Já tem cama E sepultura
Toda a terra
Nem o voo Do milhano
Ao vento leste
Nem a rota Da gaivota
Ao vento norte
Nem toda A força do pano
Todo o ano
Quebra a proa Do mais forte
Nem a morte
Já o mundo Se não lembra
De cantigas
Tanta areia Suja tanta
Erva daninha
A nenhuma Porta aberta
Chega a lua
Cai a flor Da laranjeira
À cova incerta
Nem o voo Do milhano ...
Entre as vilas E as muralhas
Da moirama
Sobre a espiga E sobre a palha
Que derrama
Sobre as ondas Sobre a praia
Já o tempo
Perde a fala E perde o riso
Perde o amor
O José Afonso, para além de ser um dos melhores compositores portugueses, era um letrista como há poucos.
31 janeiro 2009
20 janeiro 2009
O tempo é nosso amigo
18 outubro 2008
A preguiça dos dias de chuva
Acordei com o granizo a bater na minha janela e o cão do vizinho, o Nero, num ataque furioso à sua galinha de plástico, a Jurema. Já não me lembrava de dias intempestivos como este. Nestes dias, apodera-se de mim uma grande preguiça, uma ausência de vontade em fazer o que quer que seja que implique movimento ou esforço mental. Por isso deixei-me ficar deitada. De costas no colchão, pernas esticadas, o braço direito a apoiar a cabeça na almofada e a mão esquerda na barriga. Como quando era criança e me deixava preguiçar a contar os segundos até o meu pai vir ao meu quarto pela milésima vez, com a mesma ternura de sempre dizer “acorda princesa!”.
Às vezes tenho saudades de ser pequena.
Às vezes tenho saudades de ser pequena.
15 março 2008
03 janeiro 2008
A chuva
Tem qualquer coisa de reconfortante. Não é o ficar em casa, a ouvir o batuque dos pingos grossos contra a janela e adivinhar os sítios onde os outros se juntam. É o andar à chuva, o senti-la nas mãos, o senti-la ensopar os sapatos, as calças, o casaco. É senti-la, miudinha, contra a cara até que tudo fica tão frio que já não se sente mais nada a não ser o calor da respiração, ofegante com a caminhada. É o sabor que a chuva tem. Tenho saudades de beber chuva.
27 setembro 2006
O anúncio do tempo

Durante alguns anos vivi sem estações do ano, passei anos em constante verão e outros em constante outono, um e outro sempre com chuvas e tempestades frequentes e intensas. Já não me lembrava que nesta época passamos por dias de sol esmagador a momentos e dias de chuva, depois outra vez dias de sol, e que a temperatura varia, descendo e subindo, como se nos desse tempo para tomar consciência da nova estação e despedir-nos, preparando-nos para o inevitável outono que já traz atrás de si o inverno.
Tinha saudades da passagem das estações.
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