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06 fevereiro 2009
05 fevereiro 2009
Arsenic and old lace
Disseram tias psicopatas?
Mortimer volta a casa para dizer às tias que se vai casar. Descobre então que aquelas senhoras amorosas se têm dedicado a matar por envenenamento homens velhinhos e solitários, para "os ajudar a encontrar a paz".
Mortimer volta a casa para dizer às tias que se vai casar. Descobre então que aquelas senhoras amorosas se têm dedicado a matar por envenenamento homens velhinhos e solitários, para "os ajudar a encontrar a paz".
um bicho impertinente
- Vou-lhe contar um segredo.
- Diga, diga.
- Mas não pode contar à tia Lurdes.
- Tá jurado.
- A tia Maria tem andado a pensar numa maneira de mandar matar o papagaio dela.
- Cruzes, credo! Toda a gente sabe que a tia Lurdes vive para aquele animal. Já viu bem a sala dela? Se não fosse a ausência de grades, diria que ela própria vive dentro de uma enorme gaiola. Eu sei que a tia Maria detesta viver assim e até pensa arranjar uma salinha só para ela lá em casa, mas daí até querer matar o bicho...
- Nem diga mais. Também estava perplexo com a situação até saber das razões que estavam por trás disto.
- E que razões podem estar estar por trás duma insanidade destas?
- Bom, a verdade é que a nossa querida e mais que púdica tia também tem o seu lado tão fresquinho como o orvalho matinal. Desde há uns tempos, aproveitando a ida da tia Lurdes a um congresso de videntes, que anda a enfiar-se com o carteiro lá em casa, e olhe que ele nem tocava duas vezes. Parece que aquilo aquecia mais que um forno.
- E que tem o pobre bicho a ver com o assunto?
- Ainda não percebeu? A tia Maria anda horrorizada que o papagaio meta a boca no trombone. Parece que ele apanhou todas as trocas e baldrocas de juras de amor e afins que andaram por ali a soar casa fora.
- Aiii, benza-me Deus! Mas que história terrível. E não se pode simplesmente calar o bicho?
- A tia Maria não tem tentado outra coisa. Todos os dias passa horas a tentar ensinar-lhe o repertório todo do José Cid mas o bicho limita-se a aprender as melodias e usa as mesmas palavras proibidas. É como um argumento adaptado, percebe?
- Ai, que horror.
- Pois, assim é. Olhe, vou lá passar em casa dela agora mesmo para saber novidades.
- Está bem, veja se amanhã me diz qualquer coisa.
Em casa da tia.
- Ó tia Maria, já resolveu a questão do papagaio? Não me diga que já deu cabo do pobre bicho.
- Não consegui matar o bicho filho e o macaco e a banana do José Cid não venceram a casmurrice do papagaio.
- Então como fez?
- Filho, encontrei uma arma invencível! Apresentei-lhe o repertório do Tó Zé Brito e foi de vez!
- Curou o bicho?
- Curei o bicho!
- Diga, diga.
- Mas não pode contar à tia Lurdes.
- Tá jurado.
- A tia Maria tem andado a pensar numa maneira de mandar matar o papagaio dela.
- Cruzes, credo! Toda a gente sabe que a tia Lurdes vive para aquele animal. Já viu bem a sala dela? Se não fosse a ausência de grades, diria que ela própria vive dentro de uma enorme gaiola. Eu sei que a tia Maria detesta viver assim e até pensa arranjar uma salinha só para ela lá em casa, mas daí até querer matar o bicho...
- Nem diga mais. Também estava perplexo com a situação até saber das razões que estavam por trás disto.
- E que razões podem estar estar por trás duma insanidade destas?
- Bom, a verdade é que a nossa querida e mais que púdica tia também tem o seu lado tão fresquinho como o orvalho matinal. Desde há uns tempos, aproveitando a ida da tia Lurdes a um congresso de videntes, que anda a enfiar-se com o carteiro lá em casa, e olhe que ele nem tocava duas vezes. Parece que aquilo aquecia mais que um forno.
- E que tem o pobre bicho a ver com o assunto?
- Ainda não percebeu? A tia Maria anda horrorizada que o papagaio meta a boca no trombone. Parece que ele apanhou todas as trocas e baldrocas de juras de amor e afins que andaram por ali a soar casa fora.
- Aiii, benza-me Deus! Mas que história terrível. E não se pode simplesmente calar o bicho?
- A tia Maria não tem tentado outra coisa. Todos os dias passa horas a tentar ensinar-lhe o repertório todo do José Cid mas o bicho limita-se a aprender as melodias e usa as mesmas palavras proibidas. É como um argumento adaptado, percebe?
- Ai, que horror.
- Pois, assim é. Olhe, vou lá passar em casa dela agora mesmo para saber novidades.
- Está bem, veja se amanhã me diz qualquer coisa.
Em casa da tia.
- Ó tia Maria, já resolveu a questão do papagaio? Não me diga que já deu cabo do pobre bicho.
- Não consegui matar o bicho filho e o macaco e a banana do José Cid não venceram a casmurrice do papagaio.
- Então como fez?
- Filho, encontrei uma arma invencível! Apresentei-lhe o repertório do Tó Zé Brito e foi de vez!
- Curou o bicho?
- Curei o bicho!
Irene é quem manda!
Falava-se há uns anos atrás da realeza espanhola que pintava a títulos em caixa alta as revistas do mundo cor-de-rosa, Irene é quem manda! diziam eles. Com olho para o humor oportuno e um dedo de sarcasmo, o meu tio Luís recortou as letras vermelhas da revista e colocou-as no frigorífico. De cada vez que a porta do frigorífico se abrisse seria uma confirmação do poderio de Irene naquela casa e naquelas vidas.
Chama-se Irene, e para além de minha tia é minha madrinha. O que transporta em si um peso emocional e geracional bem mais corrosivo do que um simples grau de parentesco, porque reza o ditado que quem põe a mão põe a condição. E assim é, a minha tia e madrinha Irene põe mão, condição, amor, tudo e nada numa breve actuação de quem entra e sai da ribalta sempre com a mesma postura incomensuravelmente firme. Para ela tudo é revestido a uma camada espelhada a pragmatismo. Tudo é absolutamente linear e não há problematização possível. A guerra acaba-se matando todos e ninguém fica para contar, devia haver mais gays e lésbicas para castrar conservadorismos alheios de chá das cinco, a violência doméstica é uma punição merecida porque quem apanha e não leva é porque é fraco e não tem pujança para dar um murro na mesa ou no conjugue, o dinheiro é um bem necessário e o melhor mesmo é adjudicá-lo ao amor e a melhor receita para o amor é experimentá-lo de todas as formas e feitios pois a experiência faz a prática e o que se quer mesmo é um amor feito a sexo bem treinado e não a utopias de 'viveram felizes para sempre'.
As conversas são regradas aos pormenores mais intimos e inusitados. Da nossa vida já sabemos nós e é uma chatice. Bom bom, é saber da vida dos outros. É uma terapia, segundo ela, que aliada ao mal-dizer, nos traz não só noites bem dormidas como também auto estima. A auto estima é sempre construída por comparação e sentirmo-nos melhor que os outros é sempre reconfortante. E assim são as coisas, simples e lineares. Não há discussão possível, nada se põe em perspectiva e assim se leva a vida. E no meio de tanto loucura imersa numa ditadura quase que cómica, resta só uma certeza: na minha tia psicopata há também muito amor porque quem põe a mão põe a condição.
Chama-se Irene, e para além de minha tia é minha madrinha. O que transporta em si um peso emocional e geracional bem mais corrosivo do que um simples grau de parentesco, porque reza o ditado que quem põe a mão põe a condição. E assim é, a minha tia e madrinha Irene põe mão, condição, amor, tudo e nada numa breve actuação de quem entra e sai da ribalta sempre com a mesma postura incomensuravelmente firme. Para ela tudo é revestido a uma camada espelhada a pragmatismo. Tudo é absolutamente linear e não há problematização possível. A guerra acaba-se matando todos e ninguém fica para contar, devia haver mais gays e lésbicas para castrar conservadorismos alheios de chá das cinco, a violência doméstica é uma punição merecida porque quem apanha e não leva é porque é fraco e não tem pujança para dar um murro na mesa ou no conjugue, o dinheiro é um bem necessário e o melhor mesmo é adjudicá-lo ao amor e a melhor receita para o amor é experimentá-lo de todas as formas e feitios pois a experiência faz a prática e o que se quer mesmo é um amor feito a sexo bem treinado e não a utopias de 'viveram felizes para sempre'.
As conversas são regradas aos pormenores mais intimos e inusitados. Da nossa vida já sabemos nós e é uma chatice. Bom bom, é saber da vida dos outros. É uma terapia, segundo ela, que aliada ao mal-dizer, nos traz não só noites bem dormidas como também auto estima. A auto estima é sempre construída por comparação e sentirmo-nos melhor que os outros é sempre reconfortante. E assim são as coisas, simples e lineares. Não há discussão possível, nada se põe em perspectiva e assim se leva a vida. E no meio de tanto loucura imersa numa ditadura quase que cómica, resta só uma certeza: na minha tia psicopata há também muito amor porque quem põe a mão põe a condição.
A tia M.
Nasceu no século XIX e era completamente maluca. Viúva rica, sem filhos, vivia sozinha numa espartana casa gigante, rodeada de árvores ainda maiores, no meio do nada. Conduzia um Renault 4L muito velho, azul-escuro, que me servia de abrigo para as brincadeiras em dias de tempestade, os mesmos em que ela usava umas estranhas toucas de plástico transparente para não molhar o cabelo, branco de neve e sempre meio desgrenhado pela brisa.
Tinha uma caligrafia de litografia, que eu admirava nos bilhetes dos meus presentes de anos que dava à minha mãe e que, invariavelmente, nunca eram para a minha idade. Falava com os espíritos do outro mundo e tinha cadernos inteiros com as transcrições dessas conversas. Corria (velozmente!) atrás de mim para me bater com a vassoura porque tinha assaltado os doces para o chá anual. Descompunha violentamente todas as melosas mamãs pelo crime hediondo de trazer mais uma criança ao mundo. Atirava o jardineiro da escada abaixo e arranja ela própria o telhado ou a torneira da enorme cisterna. Sei que se irritava comigo mas não me lembro de me dirigir uma palavra.
Passou a usar um aparelho nos ouvidos que insista em apitar estridentemente nos chás de domingo e abafava a conversa de torrada, onde pouco participava. Passou, também, a usar umas estranhas palas de cartão em cima dos aros dos óculos grossos, porque a luz a incomodava. Foi ela própria que as desenhou e recortou no cartão de uma embalagem, acho que de farinha. Depois, tiraram-na da sua grande casa isolada e puseram-na num apartamento.
Pouco antes de ser a primeira dos meus mortos, passou uma tarde lá em casa, com 99 anos, já encolhida, muito pequenina, numa estranha e morna beatitude com o meu cão psicopata. Nunca mais esqueci esse quadro. Aos meus olhos de 10 ou 11 anos, pareceu-me um recorte no mundo. Dois malucos intratáveis, ternos apenas entre si mesmos.
De vez em quando, falávamos nela e na sua estranheza. Com os anos, fui sendo apresentada à sua longa vida, aos seus pequenos grandes feitos feitos aos outros em silêncio e na altura em que é preciso. Sim, era psicopata. Mulher forte e generosa que teve a coragem de não negociar consigo própria ou com os outros só para tornar a vida mais fácil e que, assim, atravessou destemidamente dois séculos e duas guerras mundiais. Os meus estranhos presentes de anos eram, afinal, tesouros dela e são dos melhores que hoje tenho. “À sua, Tia M. A minha querida tia psicopata!”
Passou a usar um aparelho nos ouvidos que insista em apitar estridentemente nos chás de domingo e abafava a conversa de torrada, onde pouco participava. Passou, também, a usar umas estranhas palas de cartão em cima dos aros dos óculos grossos, porque a luz a incomodava. Foi ela própria que as desenhou e recortou no cartão de uma embalagem, acho que de farinha. Depois, tiraram-na da sua grande casa isolada e puseram-na num apartamento.
Pouco antes de ser a primeira dos meus mortos, passou uma tarde lá em casa, com 99 anos, já encolhida, muito pequenina, numa estranha e morna beatitude com o meu cão psicopata. Nunca mais esqueci esse quadro. Aos meus olhos de 10 ou 11 anos, pareceu-me um recorte no mundo. Dois malucos intratáveis, ternos apenas entre si mesmos.
De vez em quando, falávamos nela e na sua estranheza. Com os anos, fui sendo apresentada à sua longa vida, aos seus pequenos grandes feitos feitos aos outros em silêncio e na altura em que é preciso. Sim, era psicopata. Mulher forte e generosa que teve a coragem de não negociar consigo própria ou com os outros só para tornar a vida mais fácil e que, assim, atravessou destemidamente dois séculos e duas guerras mundiais. Os meus estranhos presentes de anos eram, afinal, tesouros dela e são dos melhores que hoje tenho. “À sua, Tia M. A minha querida tia psicopata!”
Por falar em patas
Era uma vez uma pata que tinha 5 filhas: a pata, a peta, a pita, a pota e a maria do rosário.
Interlúdio musical
(Tias pulgopatas a cantarem todas juntas Eu estive quase morto no deserto, do Sérgio Godinho)
Eu matar não gosto muito mas saudades é diferente
É como matar as pulgas
alivia a gente
entra o bombo.....
Eu matar não gosto muito mas saudades é diferente
É como matar as pulgas
alivia a gente
entra o bombo.....
cronocidio
Eram várias as mulheres que se juntavam nalgumas tardes de sábado com xs sobrinhox, para aliviar um pouco os pais e mães das crianças exigentes, barulhentas, transformadoras. Todxs juntxs, matavam o tempo que tinham à frente, um minuto atrás do outro, uma hora atrás da outra, uma tarde, uma noite e uma nova manhã. Eram cronopatas em série, com requintados e prazenteiros modos e instrumentos para a sua determinação em fazer com que o tempo sucumbisse pouco a pouco. Quase sempre eram coisas de impulso, mas alguma vezes planeavam metodicamente como iriam matar a próxima hora, se com dominó, loto, cartas, um filme, a playstation ou a jogar às escondidas. Outras vezes, cada segundo era cuidadosamente aniquilado ao som das palavras naquelas conversas de fim de tarde em que matavam o tempo que surpreendentemente renascia transformado em prazer e em encontros. Do tempo que passavam juntos nascia um amor sem tempo.
as meninas
- doi-me a barriga.
- é melhor chamar o pai.
- não sei.
- mas doi-te muito?
- não sei.
- pai!
abro-te a porta do carro e entras lá para dentro. a luz coada do fim de tarde confere uma aura de mistério ao que está prestes a acontecer. volto para dentro e sento-me no nosso canto a morder os dedos. que a hora das branduras te acompanhe no que se há-de seguir.
somos as duas meninas. mas tu quiseste abandonar essa condição mais cedo e eu disse-te para não o fazeres, teimaste comigo e disseste que não. e é por isso que agora estou aqui a morder os dedos. de vez em quando escapo-me para o jardim e fumo um cigarro, depois volto para dentro e volto a morder os dedos e volto para fora e fumo outro cigarro...
ouço o deslizar do carro rua abaixo. ponho-me de pé e ajeito-me para receber a notícia. as chaves de casa, os passos firmes.
- olá pai.
- olá filha.
- e como foi?
- é menina. chama-se Maria.
- é melhor chamar o pai.
- não sei.
- mas doi-te muito?
- não sei.
- pai!
abro-te a porta do carro e entras lá para dentro. a luz coada do fim de tarde confere uma aura de mistério ao que está prestes a acontecer. volto para dentro e sento-me no nosso canto a morder os dedos. que a hora das branduras te acompanhe no que se há-de seguir.
somos as duas meninas. mas tu quiseste abandonar essa condição mais cedo e eu disse-te para não o fazeres, teimaste comigo e disseste que não. e é por isso que agora estou aqui a morder os dedos. de vez em quando escapo-me para o jardim e fumo um cigarro, depois volto para dentro e volto a morder os dedos e volto para fora e fumo outro cigarro...
ouço o deslizar do carro rua abaixo. ponho-me de pé e ajeito-me para receber a notícia. as chaves de casa, os passos firmes.
- olá pai.
- olá filha.
- e como foi?
- é menina. chama-se Maria.
A chávena
Ele bebe e fica outro, a voz vai crescendo enquanto passeia pela sala, chama-me nomes, grita como um louco. Não suporto os gritos, o bafo quente, os passos pesados pela casa. Hoje avançou para o louceiro, tens a mania que és fina mas eu já te conto, pegou numa chávena de chá da Avó e disse-me merda de loiça dos chineses, loiça dos chineses?, que matarruano me saíu aquele homem, vista alegre dos anos 20 é o que é, chinesice do caralho, para que queres tu isto?, que me insulte a mim ainda vá, agora que desdenhe o meu enxoval é que não, nunca se pode usar esta porcaria que a puta da tua tia que te deu, aí é que não aguentei mais, matarruano sem gosto e ordinário é demais para mim, puxei o tapete e ele caíu como uma árvore. Um fiozinho vermelho a sair da boca, os olhos muito parados, a chávena ainda inteira ao lado dele. Deixa-me ficar aqui consigo, Tia, e amanhã vamos lá arrumar o louceiro?
31 janeiro 2009
O princípio do fim
Ontem aconteceu.
(chegam dois adolescentes: um sobrinho e um amigo do sobrinho)
o primeiro
- Olá tia.
- Olá F.
o segundo: olha para mim, eu sorrio e é então que ouço..
- Olá tia, está boa?
(FREEZE)
- Podes tratar-me por tu e por M.
Fui-me embora derrotada. E foi assim que levei com o meu primeiro 'olá tia' não-consanguíneo.
Toma lá vai buscar.
(chegam dois adolescentes: um sobrinho e um amigo do sobrinho)
o primeiro
- Olá tia.
- Olá F.
o segundo: olha para mim, eu sorrio e é então que ouço..
- Olá tia, está boa?
(FREEZE)
- Podes tratar-me por tu e por M.
Fui-me embora derrotada. E foi assim que levei com o meu primeiro 'olá tia' não-consanguíneo.
Toma lá vai buscar.
30 janeiro 2009
Desafio fio fio
Mais uma corrida, mais uma viagem.
Novo desafio às meninas da casa, inspirado nas caixas de comentários de ontem: pedem-se postas sobre as tias psicopatas.
As postas serão publicadas no próximo dia 5 de Fevereiro. Nos labels deverão escrever "as tias psicopatas".
Vamos nessa, vanessa?
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