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12 fevereiro 2007

Estou contente!

Este referendo fez-me sentir um novo alento de esperança para este país, afinal não quisemos manter a hipocrisia que caía sobre o aborto clandestino. Ganhou a democracia e ganharam as mulheres que a partir de agora poderão decidir sobre a sua maternidade sem o estigma da clandestinidade e da ilegalidade em cima.

Os resultados de ontem devem-se a toda a sociedade civil, blogosfera incluida, que se conseguiu mobilizar por esta causa, de um lado ou do outro da decisão. Mas deveram-se também a todas as mulheres e homens que desde há muitas décadas não deixaram de acreditar e de lutar pelo momento que ontem se fez realidade. E não pude deixar de recordar Àlvaro Cunhal, cuja tese de mestrado em 1940, realizada na prisão onde estava detido por ser prisioneiro político, foi precisamente sobre o flagelo do aborto clandestino em Portugal, em particular nas classes trabalhadoras de baixos recursos. A todos/as esses "cotas", um grande Obrigada.

Agora, um novo trabalho se avizinha, o de contribuir para uma boa legislação da nova lei, diminuindo o número de abortos, promovendo mais eficazmente os direitos sexuais e reproductivos de homens e mulheres, combatendo os problemas sociais que dificultam a escolha de uma maternidade/paternidade desejada.

07 fevereiro 2007

O caso do anónimo de Aveiro

Há quem dedique horas a procurar no google a expressão 'sim ao aborto'. É o caso do anónimo de Aveiro, que entrou por esta via neste blogue à 1:03 a.m., gastando a sua noite a encharcar os blogues que defendem o sim com o corte e costura de um argumentário infindável.

Defendemos o direito à expressão de opiniões diferentes, mas não podemos assisitir em silêncio a afirmações surdas como esta, por ser o vivo retrato de uma estratégia desonesta e autoritária. Resta-nos esperar que, ganhando o sim, não se multipliquem manobras terroristas deste (e doutros) calibres.

Nós bem dizíamos que era preciso uma manobra de reanimação da honestidade intelectual dos partidários do não.

06 fevereiro 2007

dia 11 está quase

Aproxima-se o dia em que todos e todas teremos de escolher se somos contra ou a favor da despenalização do aborto até às 10 semanas de gravidez, realizado por opção da mulher, em estabelecimentos de saúde legalmente autorizados. Como diz o Rui Tavares, uma pergunta honesta que merece uma resposta honesta.

Ou se vota Sim ou se vota Não. Se o Não ganhar não se pode alterar a lei e manter-se-á a hipocrisia em relação ao aborto clandestino. Se 50% + 1 dos eleitores portugueses for às urnas e votar SIM, então tem de se trabalhar o projecto lei para proteger as mulheres que optam pela interrupção voluntária da gravidez e também para reduzir o número de abortos em Portugal, e aí continuará o debate, quer com os deputados e deputadas da Assembleia da República, quer com a sociedade civil que se mobilizar para ajudar a construir a nova lei.

Negar a realidade do aborto clandestino, que é mais velha que a minha tetravó, e criminalizar as mulheres que o fazem, é meter a cabeça na areia e isso é com as avestruzes.

Por aqui, já somos sete e picos, oito e coisa, nove e tal a votar Sim.

otorrino precisa-se



Pergunto-me se terei entendido bem a proposta lançada pelos que vão votar não apesar de serem contra a criminalização das mulheres que optam pelo aborto: se o não ganhar, como somos todos muito democráticos, o aborto continua a ser crime, abrem-se processos contra as mulheres que continuam a ser consideradas como criminosas aos olhos da lei e da sociedade, mas nunca se aplicará nenhuma pena.

Onde terei eu deixado o telefone do otorrino?!Isto deve ser cera...

27 janeiro 2007

APELO

à calma, ao bom senso e ao respeito pelas opinões dos/as outros/as nas caixas de comentários.

Sem dúvida!

A democracia é fodida. É-o, pronto. Temos que aprender a gerir-nos enquanto sociedade e enquanto indivíduos com a maldita liberdade do outro a não estar de acordo comigo. Antes parecia ser mais fácil, era-se contra a ditadura, era-se a favor da ditadura. Era-se de direita ou era-se de esquerda. Agora cada vez é mais difícil. Tem-se de pensar nas especificidades de cada grupo que tem direito a ser representado, ele é os direitos das mulheres, os dos afrodescendentes, os dos imigrantes, os dos ciganos, os do LGBT, etc, etc. Cada um destes grupos tem necessidades e reivindicações próprias e a grande maioria das vezes não coincidem com os demais. E é ainda mais difícil fazer e praticar a democracia quando nas nossas cabeças continua a estar presente a ideia de que temos que funcionar como um bloco, que as grandes revoluções se fazem quando toda a gente pensa da mesma maneira e tem as mesmas ideias, assim é que é bonito e assim é que deve ser.

Iris Young, autora de um artigo intitulado Cidadania Universal, defende que nos nossos actuais e complexos sistemas democráticos, teremos de passar das coligações tradicionais, onde cada grupo/movimento/partido trabalha conjuntamente para a defesa dos seus interesses conjuntos, não deixando sair à luz pública as suas diferenças de opiniões e interesses, para coligações “arco-íris”, onde cada um dos grupos integrantes do sistema e da discussão democrática afirma também a especificidade da sua experiência e perspectiva sobre os assuntos sociais em discussão.

Neste blog aparece também este dilema. Aparece uma situação em que inevitavelmente, porque somos mulheres pensantes temos as nossas opiniões, as nossas certezas e/ou dúvidas sobre o assunto do referendo, começamos a escrever sobre o assunto, postamos, discutimos, entramos em debate umas com as outras. Divergimos, convergimos, voltamos a divergir. Umas acham que devemos ter uma só opinião, outras defendem o direito à não posição pública, algumas têm certezas, outras dúvidas.
Neste microcosmos do Oito e Coisa, sem que isto seja explícito, podemos dizer que se fossemos um grupo ou um movimento seriamos mais para o tipo de coligação arco-íris. Mas não somos, somos sim um grupo de amigas que resolveu fazer um blog para arrotar umas posta de pescada, pargos e salmonetes e onde cada uma se sente livre para expor as suas coisas e aguenta com as loisas que lhe caem em cima nas caixas de comentários.
Neste assunto, só numa coisa estamos de acordo, todas as múltiplas vamos votar SIM, nenhuma de nós tem dúvidas.

E agora com dúvidas...

Numa coisa estamos de acordo, todas as múltiplas vamos votar SIM, nenhuma de nós tem dúvidas. Mas só esta certeza não nos chega, aparecem as dúvidas, as reflexões, as certezas absolutas e as dúvidas relativas.
A esta altura do campeonato já me parece uma boa ideia que este assunto do referendo não tenha sido tratado exclusivamente no parlamento elegido neste sistema de democracia representativa que temos. Acho que foram importantes todas as tomadas de posição que surgiram até agora por esse país fora, por essa blogosfera fora, por este microcosmos adentro. As discussões, as aclarações, as afirmações da posição ou posições de cada pessoa face a este referendo. As dúvidas, na minha opinião nunca podem enfraquecer um movimento, uma posição, o resultado de um referendo. As dúvidas evidenciam que as questões são mais complexas do que aquilo que nos querem fazer vender, fazem reflectir, promovem a argumentação, alimentam a discussão e muitas vezes, até ajudam a reafirmar posições, pois quando argumento vou-me convencendo ainda mais do que penso.
E aliás quem nunca se enganava e raramente tinha dúvidas era o outro, lembram-se? E bem gozado foi com essa frase infeliz. Mas agora parece que toda a gente elogia o preto no branco, abaixo os cinzentos e todas as outras cores intermédias! Digo e repito, não está em causa o voto, esse está assegurado. Mas está em causa o modo como depois se pretende pôr em marcha as leis que reflectirão o resultado do referendo e é aí sim, surgem as questões.

Se for o Não a ganhar, não é necessário grande discussão, fica tudo na mesma, o aborto continua a ser praticado clandestinamente, talvez haja uma ou outra tentativa de prisão ou de julgamento, os do Sim continuarão a manifestar-se para boicotar essas tentativas, as mulheres continuarão a morrer, a abortar com sentimento de culpa e de clandestinidade, olharão para um lado e para outro antes de entrarem ou saírem dos sítios clandestinos para ter a certeza que ninguém as viu, etc. Nada de novo. Ou então o governo intensifica o sistema prisional e judicional para fazer cumprir a vontade dos cidadãos e cidadãs e aí iremos assistir a um colapso das prisões e dos tribunais, pois de certeza que os abortos não irão diminuir.

No caso que ganhe o SIM, o que eu sinceramente acho que vai acontecer, então temos a questão de como vai ser posto em marcha o projecto de lei. Primeiro, como se vai actuar em termos de prevenção, de intensificação dos direitos sexuais e reprodutivos de cada pessoa? Depois, como vai ser implementado a intervenção de interrupção voluntária da gravidez no nosso sistema de saúde? Quanto dinheiro se disponibilizará para o assunto? As verbas contemplam, por exemplo, o acompanhamento psicológico às mulheres ou aos casais que pretendam abortar, no sentido de os poder ajudar a tomar uma melhor decisão? E quantos abortos financiará o Estado, haverá um limite ou é à descrição? Como se decide cada situação, como se legisla tudo isto?
São dúvidas, senhor, são dúvidas...

26 janeiro 2007

Certeza (II)

Se voto sim, não voto não. Se voto não, não voto sim.

25 janeiro 2007

A questão não é assim tão simples

No domingo vi um genial sketch dos gato fedorento que a fuckitall descobriu antes de mim. Apresenta-se o senhor do movimento epá,vamos lá ver, a questão não é assim tão simples.
Eu vou votar sim dia 11 de Fevereiro, tal como o fiz no anterior referendo. Penso que todos nós que votamos, de qualquer dos lados, nos agarramos a motivos diferentes.
Há argumentos idiotas de ambas as partes, mas também há argumentos inteligentes de cada lado. Para mim a questão é a de não concordar com a criminalização das mulheres que o fazem, dos homens que as apoiam (os que se demitem da decisão e da acção era trabalhos forçados à comunidade), e dos médicos, enfermeiras, parteiras e amigos que permitem que tal possa acontecer.
No entanto, tenho muitas dúvidas sobre muitas questões. Quanto mais leio e penso, menos certezas tenho sobre quando começa a haver vida. Quanto mais leio e penso, mais me revoltam as pessoas que usam e abusam do aborto, como se fossem tirar um quisto incómodo.
É evidente que azares acontecem a qualquer um, mas somos responsáveis pelos nossos actos e há que saber que o que fazemos tem consequências para nós e para os outros. Em tudo na vida, e também no que se refere à sexualidade e à reprodução.
A mim também já me aconteceu usar um preservativo que não cumpriu a sua função. Não fiquei à espera para saber se me chegava ou não a menstruação, tomei a pílula do dia seguinte. Para além das dores, provocou-me uma hemorragia monumental e um mau estar geral bastante considerável, além dos pensamentos "será que tinha uma criatura a multiplicar-se dentro de mim?"
Penso que para se chegar a uma situação em que se tem de decidir abortar ou não há que ignorar uma data de pontos de controle intermédios: conhecer as alturas férteis, usar contraceptivos, recorrer à pilula do dia seguinte (que já nem exige receita nem nada).
Espero que o sim ganhe e que todas estas questões continuem a ser discutidas, porque não é com um referendo que se fecham os temas.
A minha intenção de voto é muito clara - voto SIM. Mas pestanejo.

22 janeiro 2007

Preocupação

Estes dias passando os olhos de relance pelas parangonas dos jornais soube que um famoso economista afirma que, caso seja legalizado, fazer um aborto vai ser tão normal como falar ao telemóvel e que um líder do PSD associa o aborto ao tráfico de droga. Frases sensacionalistas, que contrariam sem fundamento os estudos científicos realizados sobre esta matéria. Porque será que os jornais insistem em colocá-las nas primeiras páginas, dando-lhes um lugar de destaque não merecido e que não beneficia uma discussão séria sobre o assunto?

A mim o que me preocupa é, caso o SIM ganhe o referendo (oxalá, oxalá, oxalá), quanto tempo demorarão as mulheres a eliminar o sentimento da culpa e da clandestinidade do nosso inconsciente colectivo e a procurar os serviços de saúde de cabeça erguida?

19 janeiro 2007

Deles não será o reino dos céus

Passo os olhos pelos jornais online antes de sair de casa e encontro esta notícia. Garante o cónego Tarcísio Alves que quem votar não ou se abstiver no referendo do aborto será imediatamente excomugando.
O título da notícia é "quem votar sim fica sem funeral religioso". Acharão os jornalistas que os católicos têm todos os pés para a cova? É que há mais 6 sacramentos que perdem com essa brincadeira.
Como sou do contra, se fosse católica ia logo votar sim só para ver o cónego Alves atrás de mim com a letra escarlate.
Ingenuamente pensava que o voto era secreto; pelos vistos só para alguns, os católicos têm de prestar contas não só se votam mas em que é que votam.

16 janeiro 2007

SIM

Irrita-me passar pelas ruas mais centrais de Lisboa e ver cartazes gigantes do Não com frases sensacionalistas e absurdas que impedem a reflexão sobre as questões de fundo do referendo que se aproxima. Irrita-me a quantidade de dinheiro que se move por detrás desta campanha.
Irrita-me (não) ver os cartazes do Sim com frases parcas em imaginação discretamente colocados por esta cidade.
Por isso, passei por aqui, que me indicou o caminho para aqui e trouxe de lá este cartaz, e se por mim fosse punha-o em frente em todas as igrejas, em frente a todas as Tétés que insistem em continuar esta maldita hipocrisia que mata mulheres, que impede a escolha da vida que queremos ter, que equivalem este bem precioso que é a vida ao acto de respirar.


13 dezembro 2006

Colapso

Se todas fossem condenadas, conjuntamente com os homens que (no melhor dos casos) as acompanharam e os/as médicos/as que realizaram a IVG, os tribunais e as prisões entrariam em colapso...

20 novembro 2006

Sim, pelo direito à vida

Aproxima-se o referendo e por essa blogosfera fora aumentam as postas sobre o tema, uns a favor do sim, outros acérrimos defensores do não. Eu confesso que já não tenho paciência para argumentar o tema, a minha veia democrática colapsa quando ouço falar na humanidade do embrião, na consciência que as mulheres devem ter para proteger-se de uma gravidez não desejada, no direito à vida. Dá-me vómitos, arrepios, eczemas e outras coisas piores. Não suporto a hipocrisia das organizações que defendem o direito à vida e que, pretendendo ser coerentes, criam organizações para apoiar a mulher grávida. Mas então a defesa da vida do bebé acaba no momento do seu nascimento? Se um filho ou filha é para toda a vida como é que se podem desejar que ele ou ela nasçam sem ser desejados, queridos, sonhados? Mas não vou argumentar se é uma questão do direito ou da ética, dos direitos das mulheres sobre o seu corpo ou da vida do embrião, enfim, deixo isso para outros bloggers que o farão melhor que eu.
Mas pela importância do tema também não quero deixar passar em branco esta fase pré-referendo, por isso vou contar a minha vivência pessoal.

Há mais de dez anos atrás fiquei grávida, tinha vinte e poucos anos, ainda não tinha acabado o meu curso, andava louca de amores por um homem muito especial, mas casado, com filhos e mulher. Naqueles arrebatos de loucura desenfreada e de sexo místico, uma das noites achei que o preservativo era desnecessário, que nada nos iria passar a nós, ao nosso amor protegido pelos deuses. Acho que quando se é jovem pensa-se que se é imortal e incólume aos males dos mundo, o mundo é hoje e agora e o amanhã nada passará. Resultado, teste da gravidez positivo. O mundo desabou, ainda tentei durante uns dias fazer de conta que não era nada comigo mas não foi possível, andava num tal estado de elevação, parecia que pairava no ar, e ele adivinhou o que me estava a passar sem que eu o dissesse. Ainda sonhámos durante uns dias em como seria se tivéssemos o bebé, se fosse uma menina, pois ele só tinha rapazes com a sua mulher, em como contaríamos à minha família (os meus pais) e à sua (mulher e filhos) da nossa alegria e da nova criança que aí estava para vir e que queríamos que fosse amada por todos. Enfim, sonhámos e iludi-me por um tempo, até que de repente tive um ataque de realidade e pensei em tudo aquilo que ainda queria fazer, na minha ânsia de descobrir o mundo, a mim, de liberdade, de viajar, nas possibilidades reais da nossa relação. E é aí que ele me diz Tu é que sabes, eu faço o que tu quiseres fazer... Esta frase foi crucial na minha decisão, não foi claro o único factor mas fez-me cá dentro um click, um aperto no peito. Então e ele, qual é que era o papel que ele estava disposto a assumir e a dar, qual era a sua vontade, apenas um reflexo da minha? Acho que começou aí o meu desamor por ele que ainda mais confirmava a minha decisão.
E através de uma amiga que tinha uma amiga que sabia de uma médica que fazia anjinhos, como dizia a minha avó que era sábia e que já tinha passado pelo mesmo, lá fui, determinada a fazer o que tinha que ser feito acompanhada por duas amigas. A última coisa que vi antes de entrar para a sala foi a Serenela Andrade a dizer que alguém tinha ficado alapardado, em vez de apardalado, e isso foi o mote para ter um ataque de riso, como sempre acontece quando fico muito nervosa ou tensa com alguma coisa.
Hoje mais de dez anos passados, claro que sinto a culpa e o desconforto, não se fica incólume, sofrem-se dores físicas e psicológicas, na altura e até muito tempo depois, senti remorsos, martirizei-me pensando em como seria se tivesse ido para a frente com a gravidez, como seria a criança, enfim. Mas bem feitas as contas e a prova dos nove, olhando para trás na minha vida, não me arrependo de ter abortado, assim com todas as letras, a minha vida teria sido muito diferente e não como a sonhei e desejei. E ainda mais reforço este meu não arrependimento tendo agora uma filha que foi muito desejada e sabendo tudo o que implica a gravidez, o nascimento e a criação de uma criança. Fiz uma opção, e tive a sorte de não ter sido julgada e condenada por tribunais e leis que ainda acreditam que o direito à vida é o direito a nascer.
Eu também acredito no direito à vida, mas a uma vida mais além da possibilidade de respirar este ar que nos rodeia. Acredito que cada criança quando nasce tem o direito de ser desejada e amada e que cada mulher e cada homem quando ficam grávidos têm direito a escolher qual o projecto de vida que desejam, têm direito a querer ser ou a não querer ser pai e mãe. E mais não digo. Agora só resta esperar pelo referendo.