Mostrar mensagens com a etiqueta jantares de múltiplas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta jantares de múltiplas. Mostrar todas as mensagens

30 setembro 2012

Ontem


reuniram-se as múltiplas só porque sim, tinham saudades de estar juntas. Têm um blog em comum onde em geral não escrevem. Quando se encontram  falam do blog e de outras coisas. Em geral começam a falar do blog e logo o tema varia. Falam muito de política actual, mas  desta vez, derivado ao facto que a situação do país e do mundo está muito escaldante e que cada cabeça sua sentença e antes que fosse só esse o tema do jantar e se  engalfinhasem  todas, resolveram vetá-lo (só por este jantar, porque elas não se aguentam e que porque a diferença faz parte da vida). Também perdem horas a falar de crochet: eu agora cada vez que penso em homens, começo logo a imaginar como fazer naperons, ou, o sexo tântrico para mim é como o crochet, sempre são coisas que eu penso que um dia gostava de experimentar, uma tipa numa festa de bdsm ia toda vestida de cabedal e por cima tinha um vestido de rendas negro como os dos panos de tabuleiro das avós. De síntese ficou uma bela reportagem gráfica, a tarefa de ver a casa dos segredos para poder falar disso com propriedade no próximo jantar, uma sala com as janelas abertas há dois dias para fazer sair o cheiro a cigarros e,  apesar de que  aparece um facalhão no registo gráfico, não temam, estava destinado ao bolo de brigadeiro, ainda não foi desta que matámos o oito e coisa. A recuperação pode estar por um fio. Ou não.  Só nós dDeus e as oito e coisa nove e tal é que sabemos. 

22 abril 2011

nem quero acreditar

é hoje!

(lá por nao esreveremos não quer dizer que não jantemos)

04 setembro 2010

29 maio 2010

olhó passarinho

foto de Loomis Dean

hoje vai ser assim: múltiplas num almoço à beira da piscina plantado

05 fevereiro 2010

e hoje é assim que me sinto

eu aqui em casa, com a vida aos bocados, a precisar de beber uns copos e de rir-me a bandeiras despregadas, a precisar de conversar sobre tudo e sobre nada, de desafogar esta mágoa que me anda cá no peito e de me instruir sobre as mais variadas posiçoes sexuais e as gajas a divertirem-se num qualquer primeiro andar a contar vindo do céu e a dar-lhe no periquita. Ai se a inveja desse pêlos nao haveria esteticista que desse conta do recado.

é hoje é hoje


(para o chofer a dançar com a criada, pede-se o favor de comparecer ao almoço tardio do fuso de nova iorque)

24 junho 2009

de ataques de caspa e pifos

Ela 1: Tenha lá paciência a autora dos gritos de desespero mas apetece-me pôr imagens de répteis a fornicar ou de joaninhas a fazer "o amor" ou corpos nus ou o raio que o parta porque também nisso pode haver poesia e não ter que pedir desculpe, com licença, acha bem ou acha mal! Começo a estar precisada de um jantar com direito a pifo.

Ela 2: Se mais alguém se veio queixar ou ter ataques de caspa no mesmo dia que eu, já não te sei responder. Não fui eu a autora de mais enjoos para além daquele do qual me reclamo autora: a da receita da sopa.

Ela 3: O meu único neurónio deve estar a ser muito requisitado pela crianca que tenho na pança, já não percebo nada. Jante-se pois, e resolva-se o assunto!

Ela 3: Não falem em pifo que me lembro dele

Ela 4: E se a gente disser pifo muito baixinho?

Ela 5: Pede-se à dizia ela baixinho para dizer pifo sempre que for preciso (que o diz baixinho de certeza) e a outra com sorte não ouve e nem se lembra dele e fica em conversas agradáveis com a outra que tem o mono-neurónio requisitado pelo crianço na pança. Isto, claro, longe da mesa dos coentros.

28 fevereiro 2009

Ontem hoje e amanhã

e hoje é assim...


Levantei-me a custo. Cabeça pesada, corpo sem resposta, a típica imagem da boca a saber a papel de música (que, de resto, nunca entendi muito bem). Descobri então que não preciso de enfrentar a farmacêutica que me olha com indignação quando tento, a custo, pronunciar gu-ron-san. Afinal, o powerade garante uma cura rápida destas nossas noites loucas e até dá logo pinta de desportista.

A prova faz-se já aqui ao lado

Numa longa conversa de múltiplas, entre ponto cruz e animais preferidos, passando por casamento entre pessoas do mesmo sexo e fotografias a decotes, falámos de posições sexuais. Lembrei-me do Samsara e de uma cena que tentei, com muito sucesso humorístico mas pouca credibilidade sensual, mimetizar no chão da sala. Aqui fica o original, apesar da dobragem em italiano.


01 abril 2008

Descobertas

imagem daqui

Aprende-se muito em jantares de múltiplas. Para além de se discutir a situação actual do país e formas de mudar o mundo, partilham-se outras coisas fundamentais para a identidade e a autoestima feminina. Num dos últimos jantares, já não sei como nem porquê, veio à baila o tema dos lábios vaginais e de como descobrimos que somos todas iguais e todas diferentes.

Uma das múltiplas contava que quando tinha 14 anos se pôs a explorar com uma amiga os lábios vaginais uma da outra e foi assim que descobriu que cada uma os tinha diferentes. Outra múltipla fez a mesma descoberta uns anos mais tarde ao assistir a um show de striptease no Casino do Estoril, onde comprovou que a sexualidade se pode aprender nos sítios mais inusitados. Ainda outra múltipla, teve de conviver durante a sua adolescência com o estigma dos lábios grandes, pois a senhora sua mãe, que na altura não ia a jantares de gajas, levou-a ao médico por causa deste “problema”, e o médico, que não devia saber o que era uma gaja, disse-lhe que o “problema” se devia a masturbação excessiva, pois quando lhe perguntou se ela se masturbava, a infeliz, que tinha passado toda a infância num colégio de freiras, depois de muito pensar em que raio quereria dizer masturbação, lá associou a palavra a menstruação e respondeu que sim, pelo menos uma vez por mês durante 5 dias. Coitada, para além de se sentir disforme ainda teve de suportar a fama sem ter o proveito.

Mas ficámos também a saber que tudo tem solução; quando uma mulher se sente mal com os seus lábios vaginais não há nada como pedir ao banco um empréstimo para as obras da casa, pois reformas são reformas! Pinta-se a casa, muda-se a cozinha e aproveita-se para fazer a cirurgia labial. Como já se disse umas postas mais abaixo, una es más autentica cuanto más se parece a lo que ha soñado de si misma!

19 janeiro 2008

Periquita

Devido a múltiplas maleitas, este é um dia (quase) sem postas.

Assinado: a bacante

14 novembro 2007

Fotografia d(e um)a noite


Uma casa com muito cachet e outro tanto de pombos, baratas e outros animais à mistura. Uma lauta mesa antes guarnecida com as contribuições de todas, da maravilhosa bimby e de uma empregada doméstica talentosa.

Foi dançar a bossa nova e Perante o riso geral discutem animadamente se o ser humano é ou não tendencialmente bissexual e em que medida a heterosexualidade é uma questão cultural ou biológica e ambas dizem para os seus adentros, meu deus, como é possível pensar tão diferente!

Gerou-se a confusão natural tenta abandonar a ideia de que estão todas a conspirar contra si e, entre um golo de vinho tinto e outro, conversa animadamente com Dizia ela baixinho, que só bebe cerveja pela garrafa, discorrendo sobre o Second Life e o fenómeno das relações virtuais, apreciando mutuamente a côr dos seus vernizes.

No baile da Dona Ester, vsffff, discorre sobre a sexualidade enquanto vai preparando parece que concentradamente a acta da reunião. Sete e picos, vsfffff, dá uma achega de meia hora sobre a construção dos papéis de género, vsfff, na nossa sociedade até que a mandam calar e O chofer a dançar com a criada, com os seus olhos de felina escondida detrás de um gato, se lembra de quando era criança e lhe falavam do fim do mundo.

Na prise és bestial, o senhor ou a senhora das termas a tenha na sua graça, tira compulsivamente fotografias com a sua adorada máquina digital em todas as posições possíveis, de todos cantos e recantos da sala; de quando em quando solta alto e bom som um conjunto de frases certeiras e irrebatíveis e regressa silenciosa à sua moldura que entretanto já discute, animada e sobrepostamente, outros múltiplos temas que por aqueles jantares passam.