Queixa-se o leitor manyfaces
nesta caixa de comentários da elevada discrição das mulheres portuguesas. Que não se nota que olhamos para eles e nem um piropo levam na rua. Que não lhes abafamos o ego.
Provavelmente um dos motivos que nos impede a andarmos por aí a apregoar "és bom como o milho" ou "e ainda dizem que as flores não andam"; ou a atirar olhares lascivos é sentirmos que isso é uma invasão da privacidade alheia.
Mas sim, tem razão o manyfaces quando diz que uns olhares mais gulosos só fazem bem e não fazem mal como apregoavam os Ena pá 2000.
Olhe, vamos fazer um trato. O manyfaces convence os do género masculino a não serem ordinários e eu exorto as do género feminino a serem mais expansivas. Boa?
Até lá fica aqui o delicioso apelo, em pré-publicação:
«Há dias em que me sinto uma merda mas lá me esforço para parecer interessante, cabelinho cortado, barbinha bem feita, conversa caprichada ao almoço.. vou-me sentar lá na mesa das estagiárias, sigo as recomendações dos gatos e não me aventuro em mesas de gajas boas, que essas são forretas nos olhares, mas mesmo assim nada...Acho que vou pôr anúncio no Correio da Manhã: " gajo apenas razoavelmente bom procura gajas da mesma condição para olhares e piropos. Assunto sério." »