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21 setembro 2010

ora então falemos de sapatos


para além de os podermos usar calçados, os sapatos são neste preciso momento (cinco horas e dez minutos da tarde) a minha maior paixão. 
o mimoso esverdeado de cima ficava a matar enfiado na boca de uma pessoa que eu cá sei. Para além de lhe realçar o tom de pele, poupava-me às inanidades que tenho ouvido nos últimos tempos.
a sabrina roxa é mesmo o que preciso para o tiro ao alvo ao meu gato, sempre que o vir a despedaçar o que resta do meu sofá.
o medonho encarnado de cima ficaria encantador pendurado no nariz do parvalhão que tentou ser simpático comigo ontem. Pelo menos, disfarçava o sorriso peganhento que ele tinha pendurado na fronha.
ou muito me engano, ou nos próximos quinze minutos sou mulher para saber o que fazer com os restantes seis trambolhos que aqui vos deixei.

09 maio 2010

ficou clarim?




(e esta, serei eu ou serei outra?

é por estas e por outras

é que ando aqui tão calada neste blog, mas já estou farta que de cada vez que qualquer uma nós escreve uma posta tu venhas sempre a dizer que foi escrita por mim e que estou a falar sobre ti e fazes múltiplas interpretações, derivações e ou  lamentações. E ainda para mais nunca acertas. E principalmente o que eu estou mais farta é que nunca acredites quando te digo que não fui eu. 


E vocês não estejam p'rai a fazer-se de desentendidos que eu sei que ele não é o único, que há por aí muito boa gente que vem para cá controlar a sua própria vida amorosa e que acha sempre que qualquer posta é uma indirecta directamente cravada no seu ego. 


Eu digo-vos uma coisa de uma vez por todas a ti e a todos os que ainda não perceberam que isto é um blog colectivo, significa isso que é feito por mais que uma pessoa, no caso concreto somos mais ou menos onze com regularidade indefinida. Por outro lado, lamento informar-vos que ainda que cada uma de nós seja uma pessoa única, com a sua originalidade, da mesma forma que vocês (vá, um bocadinho mais) partilhamos sentimentos e situações muito parecidas na vida, amores, desamores, angustias, alegrias, opiniões e que quando nos dá na bolha escrevemos sobre isso, às vezes acontece que várias de nós  sofremos amores ou desamoresao mesmo tempo, ou temos pessoas doentes na família ou escrevemos sobre as  nossas crianças; os seres humanos temos destas coisas, vivemos muitas coisas diferentes e às vezes muitas coisas iguais e às vezes escrevemos sobre elas, damos voz à nossa voz, a outras vozes, às Nossas vozes. 


E como as árvores somos nozes, faz-me um favor, não (te) me fodas a cabeça.

21 março 2010

os bichos II

 (se me permitem)
...Bichos que tentam encontrar desculpas para justificar o seu vazio,
Bichos que se justificam em deambulações metafisicas e psicanalíticas para desculpar as suas filhas da putice.
Bichos perdidos e acossados numa puta duma vida que na realidade não faz sentido nenhum, e que se calhar nem tem que fazer e nós achamos que sim.
Bichos estúpidos que se acham interessantes inteligentes e cheios de projectos.
Bichos que andam a brincar às vidinhas, às relações e às profissões.
Bichos que deixaram de ser HUMANOS porque ser verdadeiramente humano dá muito trabalho e uma pessoa tem de ser menos egoista e “isso é que não!”, e ainda assim achamos todos que somos “bués da sensiveis” e “boas pessoas”.
Bichos todos iguais uns aos outros a achar que somos únicos e especiais.
Somos bichos, bichinhos, minhocas vertebradas que se contorcem uns contra os outros, sem escrúpulos, sem ética e sem moral, sem qualquer senso daquilo que é a verdadeira liberdade daquilo que é a verdadeira lealdade.
Somos uns merdas, somos uns tristes que nos escondemos atrás de copos e de sexo e de projectos para não olharmos para nós, porque custa, custa muito ver o vazio e o vazio não é nada e por muito que nos digam os Orientais que o nada é tudo, para nós o nada é N-A-D-A e é vazio, “e vazio é que não! Dasss” e então temos de ter citações e um humor inteligentes, opinião e cultura geral e o caralho que nos foda a todos mais esta mania de ser giros e intelectuais.
Somos uns bichos, uns bichos inúteis que andam aqui na carneirada a achar que temos um lugar no mundo, num mundo que verdadeiramente se está a cagar para nós tanto quanto nós nos estamos a cagar para ele.
Somos uns bichos
Uns bichos.

estou aqui

estou a dar um murro na mesa. Ou um pontapé na cadeira. Ou a gritar palavrões. Ou à beira do choro por quase nada. Ou a engolir conversas parvas pelo prazer de esticar a corda e ver até onde as coisas podem ir. Ou a rir muito de tudo e de nada. Ou a dormir horas a fio. Ou a distribuir beijos como se fossem rebuçados. Ou a correr pela rua fora e a tocar às campaínhas. Ou a foder com um desconhecido. Ou a limpar o pó com devoção religiosa e  a encontrar a salvação na maníaca arrumação da casa. Ou a cair em cantigas de olhos fechados. Ou a mandar para o caralho a menina bem comportada que me habita, vai vigiar para a puta que te pariu e deixa-me ser o que me der na bolha. E já agora, passa-me o sal e os cigarros e o vodka e vê se não apareces aqui nos próximos séculos.

04 março 2010

Estou farta do amor!

O AMOR QUE VÁ LEVAR NO CUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU !!!!!!!

22 dezembro 2009

sem maneiras nenhumas.....MESMO

QUE SE FODA!!!

viva a utilização livre das palavras.


Da mesma que postou " o positivismo elevado à potencia máxima".

(e em relação à matemática não têm nada a dizer?)

17 novembro 2009

Rebaldaria

Gosto de chegar aqui e encontrar sempre cores e imagens diferentes, nunca saber ao certo ao que venho e aterrar surpreendida no que encontro. Mas de repente está tudo marado, a rebaldaria instalou-se. Bitaites nos comentários? Tentei uma tentei duas tentei três vezes e não consigo tirar aquela palavrinha irritante dali. Vou ali buscar o martelo pneumático e já conversamos.

10 novembro 2009

Isto não é uma crise existencial


A facção católica deste blog declara que, a partir de agora, o Antigo Testamento é que reina. Olho por olho, dente por dente. Acabou a Caridade, o Amor ao próximo, o “Senhor, perdoai-Lhes pois não sabem o que fazem” e o dar a outra cara. Agora, é tudo à biqueirada!
Ah e tal, o confessionário é uma forma de castração. Porreiro, vai ter com os outros que matam à pedrada adúlteros e homossexuais e que até são muito engraçados e muito culturalmente diferentes e reza a Deus para que nunca caias em tentação. Ah e tal, tenho a certeza que JC teve filhos com Maria Madalena. Pois, e então porque é que não deixas de fazer uma escapadela de 3 dias na Páscoa e, tal como Buda, fosses ***** ***** debaixo da figueira - sim, porque EU tenho a certeza que ele fez isso - hum?? Ah e tal, a Inquisição foi um horror. Pois foi, mas já te ouvi negar o Holocausto que foi bem pior. Ah e tal, os Santos eram todos uns hipócritas. Então, deixa de ir festejar os Santos, também não te percebo! Ah e tal família é como o Natal, é como e quando o Homem quiser. Ai é? Então vai lá trabalhar no dia 24 e 25 de Dezembro em vez de arrotares dentro da soquete nova que recebeste de presente e deixa-me festejar a Família que tem mãe, pai e filhos. Ah, és católica?!... Que engraçado... Pois é engraçado é, tenho a Alegria de saber que Ele me ama incondicionalmente (o que é lixado é que talvez te ame a ti também, apesar de seres um vermezinho absolutamente patético de tão perdido na sua pseudo plenitude-individual e incapacidade de ouvir, perceber ou respeitar - embora fiques com a boca seca de tanto pregar isso ao vento - e sem nenhum outro destino maior que umas larvazinhas nojentas no meio da terra). Ah e tal, mas preservativo no nariz do Papa é só a liberdade de expressão de uma sociedade multicultural e civilizada que deve ser mantida a todo o custo!! Pois é, e esta singela bomba que te deixo é só uma modesta expressão do meu apreço pelo teu respeito.

28 outubro 2009

ISTO É UM MOTIM

contra este negro que já me deprime o coraçao. Até que tenhamos um look como deve ser, como una vez nos prometeram, todos os dias aparecerá este lençol com as diferentes cores do arco-irís. E agradeçam que ando sem internet...

14 setembro 2009

Preciso de um gin tónico e um ansiolítico

Ouvir o Eduardo de Sá na rádio faz-me mal aos chacras.

16 junho 2009

receita do dia

'Tou farta fartinha até ao tutano da minha alma da onda que se instalou neste blogue: da sensualidade à sexualidade, dos grunhidos dos animais a copularem, dos corpos desnudos (belos e menos belos, pintados e não pintados), das experiências sexuais inolvidáveis, já sei que é primavera e que o verão vem aí não tarda, que há muita gente a precisar de flirts e de namorados, e muito em breve chegará a mais longa noite do ano e então os corpos falarão ainda mais alto e... BASTA!

Mas o que eu queria mesmo era postar o que me apetece e quando abro esta página perco logo a vontade, e já não tenho vontade de o fazer há muito tempo e isso chateia-me. Mas hoje, num acesso de caspa e de hormonas saltitantes, resolvi esquecer o que me paralisa a escrita e vou postar o que me dá na real gana. Hoje, é uma receita de uma sopa (que é o que me apetece fazer e comer quando estou com a neura, e não há nada melhor do que ir passear pela praça de Alvalade e pedir receitas de sopa à minha vendedora preferida*). Amanhã pode ser que me saia uma neura ainda melhor. Me aguardem, because i'm back on the block!

Sopa de alho francês e coentros

- 2 batatas grandes (ou 3 médias)
- 2 cebolas grandes (ou 3 médias)
- 3 cenouras grandes
- 1 talo de aipo (apenas UM)
- 3 alhos-franceses não muito grandes
- 1 molho de coentros

1) descascar as batatas, as cebolas, as cenouras e acrescentar o talo do aipo. por tudo numa panela.

2) migar a parte branca do alho francês muito fininha e reservar.

3) aproveitar a parte verde do alho-francês, partir aos bocados e por a cozer com os outros legumes (não precisa de ser a parte verde toda, mas uma parte substancial) - vd. ponto 1.

4) picar o molho de coentros o mais fino que se conseguir. juntar ao alho francês migado.

5) deixar os legumes cozer com sal q.b. depois de cozido, reduzir tudo com a varinha mágica.

6) deixar a base da sopa levantar fervura e deitar, então, o alho francês e os coentros. acrescentar azeite.

Et voilá!

*melhor que tudo isto só sexo, claro. no need to say.

10 junho 2009

Desabafo

Endireita-te, não andes tão curvada, vai-te pentear, vai por água-de-colónia e pó-de-talco, vai cortar o cabelo, olha que esse cabelo não te fica nada bem devias apanhá-lo, a cara não fica bem com o cabelo, o cabelo não fica bem comigo, a tua cara não fica bem comigo, a tua cara não fica bem com os meus genes, não és nada daquilo que idealizei e quis. E no entanto aqui te tenho. E és filha minha .

08 junho 2009

a irritação de hoje vai inteirinha para

o bloco de esquerda. Irrita-me o ar de padreca do louçã, o ar de espevitada-que-gira-e-pertinente-sou-eu da ana drago, o ar de ganzado bonzinho do miguel portas, o aspecto de barbie que abusou do rimmel da amaral dias, o ar de dominatrix disfarçada de menina boa da marisa que foi eleita. Irritam-me as propostas populistas que cativam os urbanos-da-esquerda-automática-que-modernos-somos-nas-nossas-causas. Irrita-me que quase todas as pessoas que me rodeiam desistam de pensar pela sua cabeça e engulam com um sorriso na cara todas as parvoeiras do bloco de esquerda.

04 maio 2009

Sou uma ovelha

e fui atrás do rebanho.
Facebook era a paragem. Um perfil aqui, uma fotografia ali, a excitação de descobrir pessoas conhecidas. A rede compõe-se. Atrás do manel vem o francisco, uma pessoa distante que vi três ou quatro vezes, uma noite na calçada da bica, um encontro fortuito não sei onde. O francisco é meu amigo, diz o facebook e eu quase acredito. Vou pondo fotografias de pessoas próximas que também estão lá, os meus amigos podem ver isso e tudo o que me dê na gana plantar ali. Há quem ponha videos, há quem diga que está a coçar a barriga e a olhar para a parede, há quem preencha quizzes para saber que personagem de livro é, que música ou animal seria, que personagem de série lhe caberia na pele, há quem troque mensagens intelectuais e quem troque piropos, há convites para exposições festas e concertos, há quem seja amigo de escritores que coitados nunca entraram no facebook e nem sabem o que por lá se passa, há quem reencontre amigos de infância e antigos amores, há quem photoshope fotografias em que aparece melhorado e suspire por uma versão real que apague as imperfeições que carregamos.
Decidi sair do facebook no dia em que percebi que tinha 40 amigos. Quarenta? Eu que me dou sempre aos suspeitos do costume, eu que não tenho paciência nem talento para fazer conversa, eu que tenho um limiar muito baixo de resistência ao aborrecimento. Eu com quarenta amigos que podiam ver o que eu ali plantasse, que podiam ver os nomes de quem estava na minha lista, que podiam espreitar as fotografias que ali pendurei? Decidi sair do facebook no dia em que uma pessoa que eu nunca vi mais gorda na vida me mandou um convite (a mariazinha quer ser sua amiga), a mariazinha que eu não conheço de lado nenhum e que tem 900 (novecentos!) amigos na sua lista.
Sou uma ovelha tresmalhada e sem amigos. Sobreviverei a tanta solidão?

24 fevereiro 2009

O carregamento

À hora do almoço, nos 'tabuleiros' do meu trabalho

- Olha! Lá vem a M. e o seu carregamento de felicidade!
- Quem (olho para um lado e para o outro)???
- A M. (eu), sempre com o seu carregamento de felicidade atrás!
- EU?
- Sim! De todas as pessoas é aquela que nunca muda, traz sempre esse carregamento de felicidade e boa-disposição consigo...
- Senhor A., importava-se de repetir isso que disse aqui para o meu amigo?
- Não me importo nada: a menina M. anda sempre com o mesmo carregamento de felicidade e boa-disposição. Todos, todos, todos os dias.
- Hummm, hummm (anui o meu amigo).
- Tem a certeza do que está a dizer, senhor A.?
- A certeza absoluta.
- Não se vai arrepender do que disse?
- Não vou. Eu conheço as pessoas, ando há muito anos nisto.

Não sei o que se passa comigo. Logo eu, que arrasto uma pata podre de melancolia desde que me conheço, que bebo azia existencial logo pela manhã, que não há a porra de um dia em que diga 'este é o dia', que vivo entre taquicardias, ansiedades e angústias, foi calhar-me mais este fardo: o de passar aos outros a imagem daquilo que certamente não sou.

15 fevereiro 2009

domingo

Vejo as minhas unhas desarranjadas, cheias de peles, calos, roídas, com o verniz descascarado, as minhas mãos secas, este pneu na barriga que teima em crescer, a boca que anda sôfrega de bolos, pão, pasteis, chocolates, croissants de manteiga. Olho para mim e começo a ver cada vez mais nítido o descrédito que sinto neste amor que me habita a vida.
Ouço caetano veloso, o amor escraviza mas é a única libertação. Eu a não querer já acreditar no amor, a querer acreditar na possibilidade da libertação e ele insiste, meu amor, acredite, que se pode viver assim p’ranóis...
Às vezes os cantores deviam ir dar uma grande volta ao bilhar grande, ou para o diabo que os carregue, ou mesmo pró caralho que os foda.

..................

mamã queres um bocadinho de pizza?,
quero,
toma, tchéc, tchuque.

14 fevereiro 2009

Quando as galinhas ainda tinham dentes

É tão remoto este tempo que é justo que lhe dê o titulo de cima quando as galinhas ainda tinham dentes e eu não fazia a mais ínfima ideia do que seria aquilo que desde ontem me tolda o humor e me condiciona a existência desde hoje à conta de uma moinha, que depois se desfará em dores e numa sangria desatada até à redenção final (3 dias volvidos) para voltar - a cabrona - 28 dias depois.

Ora bem, estava eu a remoer as memórias desse tempo indolor:

numa tarde de tédio, na casa-de-banho, abro o armário gigante e pego nuns objectos estranhos e não identificados, sinto-lhes a textura, viro-os de um lado e do outro. Faz-se luz e sorrio. Vou-me embora com os O.E.N.I. na mão

Irmã mais velha: olha lá, o que é isso?
Irmã mais nova (eu): o quê?
Irmã mais velha: isso que tens aí nos pés?
Irmã mais nova (eu): isto? (olho para os então O.E.N.I.) então... são pantufas!
Irmã mais velha: PANTUFAS???
Irmã mais nova (eu): sim, até tinham uma faixa para colar e tudo!
Irmã mais velha: vamos lá conversar.

e foi assim - pelas palavras da minha irmã - que soube da coisa-que-não-tem-nome. prefiro chamar-lhe a 'cabrona'.

13 fevereiro 2009

O gajedo

Estou farta do gajedo até às pontas dos cabelos. Levo com elas várias horas por dia, um barulho de fundo que não pára, um motor que não gripa nunca, nem com a chuva, nem com o sol, nem com o muito trabalho que há por fazer, um motor que está sempre ali ao meu lado, a merda do rimel, as putas das unhas e da manicure, a cona da tia da marca das bolachas de dieta, a porra do tom da base que compraram, o caralho do farandol que dá este tom giríssimo estás a ver fica-te a matar, uma porra de um motor que sobrevive à chuva que entretanto já se foi e continua pela depilação em todas as suas múltiplas formas, a merda do buço, as axilas, as pernas e o corte brasileiro que as faz sentir tão poderosas, um cabrão de um motor que é imune à tristeza e à angústia e ao medo porque deve estar coberto de base e de rimel e de sombra e de verniz numa armadura invencível, e que leva a merda do gajedo a gastar horas e horas e horas sem fim dos meus dias num barulho de fundo que me dá vontade de correr tudo ao pontapé e mandar aquilo tudo para a puta que o pariu.

11 novembro 2008

Das Kapital

Acabei de receber um telefonema do meu banco. Queriam saber porque razão inusitada tenho mais uns trocos na conta. "É porque, como sabe, temos de investigar a proveniência tendo em vista a prevenção do branqueamento de capital". Não, não sei e incomoda-me profundamente que saltem janelas de pop up num qualquer pc alertando para o facto de que o meu saldo saiu - ainda que muito temporariamente, mas isso não interessa nada! - de uma pobreza envergonhada.
Não gosto de intromissões na minha vida. Não gosto de ser policiada. Não gosto de big brothers. Não gosto que um banco vá à falência e o sistema financeiro não tenha dado por nada, não tenha sabido de nada. Não gosto da impunidade. Não gosto que, tendo eu mais um zero miserável no lado direito do saldo, o mesmo sistema financeiro diga, cheio de verve,"ahhhhh, vamos ter de investigar, isto é muitoooooooo estranho! só pode ser lavagem de dinheiro!".
Vou passar ao dinheiro vivo e contado em mão e anotar tudo num qualquer caderno de mercearia. Vou passar tudo para o meu colchão. Vou entrar no submundo e poupar nas despesas de manutenção de conta.
Que imbecilidade!