06 dezembro 2010

escrever torto por linhas tortas

Abri o publico.pt on line. Na portada, ao centro direita mais para baixo li: Hugo Chávez culpa o capitalismo pelas cheias que assolam a Venezuela

Desenvolvia um bocadinho a noticia dizendo que o presidente dizia que a culpa das cheias que já tinham morto 32 pessoas era do capitalismo. Pensei, fodass este gajo passa-se, também nao é preciso abusar. Entrei na noticia e li que havia 70 mil pessoas sem casa e que o Chavez avisa para:

Ainda que nao simpatize particularmente com o Chávez, nao posso deixar de concordar, nao se inventou um protocolo de Kyoto porque sim,  é uma tragedia anunciada. Estes modelos de trabalho e de consumo que gera o sistema económico predominante nao sao sustentáveis em nenhum sentido e nem os humanos nem o planeta têm capacidade para aguentar esta estranha forma de vida. e da qual nenhum habitante do planeta está imune; os fenómemos naturais vao acentuar-se se nao somos capazes de dar a volta em tempo e apostar por outras formas de producçao e de consumo.

Na mesma portada, mais abaixo, outro titular informava  sobre cheias na Albânia. Ao ler a noticia fiquei a saber que  havia 11 mil pessoas sem casa na Albânia e que o governos albanês para fazer frente à situaçao, mobilizou a Nato, a Grécia e a Turquia. Nao se sabe a sua opiniao sobre a causa política das cheias. No caso da Venezuela a noticia contava que o plano de contigência do Chavez foi albergar 25 familias no seu palácio, fiquei sem saber o que passou com as  outras 60 e tal mil.


Enfim, as cheias podem ser lidas de muitas maneiras. Certamente as 70 mil pessoas da Venuzuela e as 11 mil da Albânia e as outras muitas mil na Colombia, no Paquistao e em  tantas partes do mundo também  terao a sua  leitura, só nao têm quem as escreva.

Sem comentários: