27 abril 2011

A brincar com rascunhos guardados

E agora eu era a amante perfeita, sem perguntas nem pedidos, a amante que espera na esquina redonda das horas de ausência. E agora eu era a amante perfeita que enche as horas vazias com a vida que é dela,  uma vida feita das coisas de que são feitas todas as outras vidas, pessoas sono riso trabalho maçãs minutos.   E agora eu era a amante canibal que ria de quem fica com os ossos, na certeza de que nada mais restaria depois do meu banquete de ti. 

3 comentários:

alvaro_c disse...

antes nada do que os ossos, ainda que haja ossos com uma medula bem apetitosa...

sete e pico disse...

continua a brincar oito, que ainda há para lá muito rascunho, e que bem que brincas.

LUIS DA PCX disse...

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