27 novembro 2010
a vida inteira enrolada nos dentes
podia ser outro dos titulos desta crónica que conta em poucas e maravilhosamente tecidas palavras, a vida de tantos pedros, manuéis e joaquinas.
23 novembro 2010
Eu voluntario-me
Tu voluntarias-te,
Ele voluntaria-se,
Nós voluntariamo-nos,
Vós voluntariai-vos,
Eles voluntariam-se.
Bora lá?
Ele voluntaria-se,
Nós voluntariamo-nos,
Vós voluntariai-vos,
Eles voluntariam-se.
Bora lá?
21 novembro 2010
maos, cabeça e ouvido
Antes gostava das maos dos homens músicos. Fascinavam-me. Os dedos comprimidos e soltos dos pianistas, aos maos mais sólidas mas ao mesmo tempo ágeis dos percursionistas, os dedos pausados e presentes dos contrabaixistas, as maos decididas dos bateristas. As suas maos entravam pelos meus sentidos, fantasiava imaginando-as compondo (n)o meu corpo. E nesse antes em que gostava das maos dos homens músicos deixei-me materializar a fantasia e encontrar-me com a realidade possível. O baterista por quem me entusiasmei era divertido, com o sentido de humor inversamente proporcional ao conhecimento que um corpo necessita ser tocado todo por inteiro; destes encontros guardo boas memórias de noites de riso na praia e umas composiçoes desajeitadas e elementares. Já o pianista sim sabia como fazer do meu corpo uma sinfonia enfeitiçada, recordo deliciosas noites numa casa antiga e alta no bairro da lapa em lisboa com uma janela minúscula por onde entrava o rio (e também nao esqueço as suas profundas crises existenciais e depressivas que às vezes me faziam adormecer de esgotamento emocional em plena conversa). Outro, um baixista, ajudou a rescatar a fantasia e, na única noite que passámos juntos, fez soar e ressoar as minhas notas mais intimas e salvou-me de um ataque de tosse que eu tinha e que só parava quando voltávamos entusiasmadamente à sexjam session. O tratamento antitussico estendeu-se até os corpos se renderem à exaustao e ao calor suave dos raios do sol que nascia. Dele pouco sei, perdemos o contacto e os amigos em comum, mas aquelas maos, meu deus, ficarao para sempre aqui num cantinho especial do meu álbum de memórias musicais.
Com o tempo, aprendi que quem vê maos nao vê composiçoes e, apesar de que ainda algumas maos de homens músicos me transtornam a sensualidade, hoje em dia dou mais atençao a outros indícios de conhecimentos musicais que escasseiam no meio sonoro. Ou isso ou ando surda.
Com o tempo, aprendi que quem vê maos nao vê composiçoes e, apesar de que ainda algumas maos de homens músicos me transtornam a sensualidade, hoje em dia dou mais atençao a outros indícios de conhecimentos musicais que escasseiam no meio sonoro. Ou isso ou ando surda.
18 novembro 2010
17 novembro 2010
chegou a hora
chegou a hora de aplicar um correctivo à senhora do guichet:
ponha aqui a sua mãozinha e veja lá se aprende a fazer o seu trabalho como deve ser
mais alguém quer experimentar a doçura do meu aço?
À atenção da Dona Oito do post abaixo
Creio ser necessário um lápiz azul, mas veja V. Execelência e melhor decidirá.
15 novembro 2010
já que estamos numa de letras
também é com três letrinhas apenas que se escreve a palavra pai.
ou não.
pai para lá do seu umbigo
pai que está aqui comigo mesmo que esteja do outro lado do mundo
pai que valha as três letras do nome
ou não.
pai para lá do seu umbigo
pai que está aqui comigo mesmo que esteja do outro lado do mundo
pai que valha as três letras do nome
E com três letrinhas apenas,
Se escreve a palavra mãe.
Ou não**:
Mãe pop
Mãe hippie chic
M@ã@e@
Mãe racing
Mãe fight club
Mãe (por enquanto, ainda só) babada.
**: Pelo menos, as mães aqui do Oito e coisa.
Ou não**:
Mãe pop
Mãe hippie chic
M@ã@e@
Mãe racing
Mãe fight club
Mãe (por enquanto, ainda só) babada.
**: Pelo menos, as mães aqui do Oito e coisa.
14 novembro 2010
10 novembro 2010
09 novembro 2010
08 novembro 2010
segundo
este artigo somos o 1 dos 10 blogs que nao estamos associados ao facebook. Eu bem me parecia, com o tempo que se passa por lá, mais valia abrir lá um perfil e fazer amigos, pelo menos enquanto a coisa nao s'implode. Ainda se pode votar ou já fecharam as urnas?
07 novembro 2010
03 novembro 2010
Da importância da comunicaçao
Observei isto com amigas mulheres (ultimamente nao tenho amigos homens com que fale ao telefone em número suficiente para poder observar qualquer tendência). É um código implicto entre amigas que revela a importância da comunicaçao como meio de expressao e de acçao da vida. Por exemplo, todas adoramos os planos fixos, ou tarifas planas ou lá como se é que isso se chame. Poder falar às horas que queremos quanto tempo quisermos. Mas, se entra uma chamada, há um código implicto que a receptora da chamada pode dizer sem problemas: vou atender, eu depois ligo.
Há sempre uma chamada que se espera ansiosamente, uma possibilidade qualquer nessa chamada que nao sabemos de quem é e da qual só ouvimos um som surdo que nos abafa as vozes e o coraçao momentaneamente.
E uma amiga deve ser solidária com as possibilidades de outra. Por isso, se as vossas amigas vos disserem, 'tá-me a entrar uma chamada eu depois ligo, e durante duas semanas nao der sinal de vida, nao se preocupem, é de certeza uma possibilidade esperada que se fez vida. Já vos chegará nova chamada telefónica para contar tudo o que se quiser, a um preço fixo por mês e reduçao de 50% durante os primeros seis meses de contrato.
Há sempre uma chamada que se espera ansiosamente, uma possibilidade qualquer nessa chamada que nao sabemos de quem é e da qual só ouvimos um som surdo que nos abafa as vozes e o coraçao momentaneamente.
E uma amiga deve ser solidária com as possibilidades de outra. Por isso, se as vossas amigas vos disserem, 'tá-me a entrar uma chamada eu depois ligo, e durante duas semanas nao der sinal de vida, nao se preocupem, é de certeza uma possibilidade esperada que se fez vida. Já vos chegará nova chamada telefónica para contar tudo o que se quiser, a um preço fixo por mês e reduçao de 50% durante os primeros seis meses de contrato.
02 novembro 2010
Caritas
Sabendo que grande parte do inestimável público do Oito e Coisa é avesso à Igreja Católica Apostólica Romana, faço, ainda assim, um apelo: vão às vossas paróquias, mesmo ao pé de casa, sem grande esforço, e contribuam com o que puderem.
A Igreja, independentemente das vossas crenças, é quem desde há séculos está mais próxima de quem precisa e tem como missão primordial a assistência. A organização, a logística, a identificação das necessidades, todo este trabalho já está feito, mas precisa de ajuda para ajudar tantos mais que hoje vêm pedir ajuda.
As roupas e os sapatos que já não usam assim tanto, podem valer muito a outros. Especialmente os de criança, que eles crescem rápido e as coisas deixam de servir num instante. Aproveitem as limpezas antes do Natal para pôr os brinquedos em ordem e dêem os que ainda estão completos.
Se as velhotas chatas da sacristia vos olharem de lado, não liguem, foram lá por outra razão e por uma razão bem maior. Se não gostarem do pároco, vão a outra paróquia. Vão à Santa Casa da Misericórdia, vãos às Ipss, mas vão! No Banco Alimentar, pensem com que ingredientes alimentariam a vossa família por mais tempo e ofereçam-nos.
Não querem ou não podem ir, à distância de um clique no home banking ou no MB podem fazer um donativo para o “Fundo Social Solidário” da Caritas Portuguesa:
NIB 0033 0000 0109 0040 15012
MB
Entidade: 22 222
Referência: 222 222 222
Ou
Praça Pasteur, nº 11 - 2º Esq., 1000-238 Lisboa
Sobretudo, deixemos de ser indolentes!
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