Eram várias as mulheres que se juntavam nalgumas tardes de sábado com xs sobrinhox, para aliviar um pouco os pais e mães das crianças exigentes, barulhentas, transformadoras. Todxs juntxs, matavam o tempo que tinham à frente, um minuto atrás do outro, uma hora atrás da outra, uma tarde, uma noite e uma nova manhã. Eram cronopatas em série, com requintados e prazenteiros modos e instrumentos para a sua determinação em fazer com que o tempo sucumbisse pouco a pouco. Quase sempre eram coisas de impulso, mas alguma vezes planeavam metodicamente como iriam matar a próxima hora, se com dominó, loto, cartas, um filme, a playstation ou a jogar às escondidas. Outras vezes, cada segundo era cuidadosamente aniquilado ao som das palavras naquelas conversas de fim de tarde em que matavam o tempo que surpreendentemente renascia transformado em prazer e em encontros. Do tempo que passavam juntos nascia um amor sem tempo.
1 comentário:
e que belo é o amor sem tempo...
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