- doi-me a barriga.
- é melhor chamar o pai.
- não sei.
- mas doi-te muito?
- não sei.
- pai!
abro-te a porta do carro e entras lá para dentro. a luz coada do fim de tarde confere uma aura de mistério ao que está prestes a acontecer. volto para dentro e sento-me no nosso canto a morder os dedos. que a hora das branduras te acompanhe no que se há-de seguir.
somos as duas meninas. mas tu quiseste abandonar essa condição mais cedo e eu disse-te para não o fazeres, teimaste comigo e disseste que não. e é por isso que agora estou aqui a morder os dedos. de vez em quando escapo-me para o jardim e fumo um cigarro, depois volto para dentro e volto a morder os dedos e volto para fora e fumo outro cigarro...
ouço o deslizar do carro rua abaixo. ponho-me de pé e ajeito-me para receber a notícia. as chaves de casa, os passos firmes.
- olá pai.
- olá filha.
- e como foi?
- é menina. chama-se Maria.
- é melhor chamar o pai.
- não sei.
- mas doi-te muito?
- não sei.
- pai!
abro-te a porta do carro e entras lá para dentro. a luz coada do fim de tarde confere uma aura de mistério ao que está prestes a acontecer. volto para dentro e sento-me no nosso canto a morder os dedos. que a hora das branduras te acompanhe no que se há-de seguir.
somos as duas meninas. mas tu quiseste abandonar essa condição mais cedo e eu disse-te para não o fazeres, teimaste comigo e disseste que não. e é por isso que agora estou aqui a morder os dedos. de vez em quando escapo-me para o jardim e fumo um cigarro, depois volto para dentro e volto a morder os dedos e volto para fora e fumo outro cigarro...
ouço o deslizar do carro rua abaixo. ponho-me de pé e ajeito-me para receber a notícia. as chaves de casa, os passos firmes.
- olá pai.
- olá filha.
- e como foi?
- é menina. chama-se Maria.
1 comentário:
então, parabéns pela Maria, tia!
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