Tem qualquer coisa de reconfortante. Não é o ficar em casa, a ouvir o batuque dos pingos grossos contra a janela e adivinhar os sítios onde os outros se juntam. É o andar à chuva, o senti-la nas mãos, o senti-la ensopar os sapatos, as calças, o casaco. É senti-la, miudinha, contra a cara até que tudo fica tão frio que já não se sente mais nada a não ser o calor da respiração, ofegante com a caminhada. É o sabor que a chuva tem. Tenho saudades de beber chuva.
2 comentários:
um prazer ler tal escritura...
Ainda bem, caro Joaquim.
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