Aos dez anos os rapazes fingem que detestam as raparigas. Não as convidam para as festas de anos, não brincam com elas, dizem que as raparigas são chatas e só falam de coisas parvas.
Mas se as encontram num sitio qualquer, passam o tempo a persegui-las e a fugir delas.
Ontem passei uma parte da tarde com três rapazes de dez anos num parque em Lisboa. Via-os a correr, a esconderem-se, a rirem como heróis.
Olhei com atenção e percebi o motivo de tanta emoção. De um lado, os meus três rapazes; do outro, duas raparigas da mesma idade. Durante mais de uma hora, vi-os ao longe em missões de espionagem, concursos de tiro ao alvo com bolotas e combates verbais ferozes (eu sou mais velha do que tu, eu sou o melhor aluno da minha escola, ainda bem que não tenho as favolas que tu tens, sorte a minha de não ser uma baleia como tu).
Quem me dera a sabedoria dos dez anos. Tudo é mais simples com os bolsos cheios de bolotas.
Olhei com atenção e percebi o motivo de tanta emoção. De um lado, os meus três rapazes; do outro, duas raparigas da mesma idade. Durante mais de uma hora, vi-os ao longe em missões de espionagem, concursos de tiro ao alvo com bolotas e combates verbais ferozes (eu sou mais velha do que tu, eu sou o melhor aluno da minha escola, ainda bem que não tenho as favolas que tu tens, sorte a minha de não ser uma baleia como tu).
Quem me dera a sabedoria dos dez anos. Tudo é mais simples com os bolsos cheios de bolotas.
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