A vida é mais simples com um bolso cheio de bolotas disse a minha múltipla que me pôs a pensar como é agora o amor 3 décadas depois e do lado de cá da barricada.
Queremos e nao queremos estar com eles, queremos companheiros mas nao confiamos na capacidade que eles têm de o poder ser, sabemos que mais cedo ou mais tarde sempre nos deixam na mao. Eles têm imensas coisas que nao conseguimos compreender, ou sao demasiado sensíveis e ineptos para a vida práctica ou sao demasiado pragmáticos e falta-lhes sensibilidade para tornar a vida mais bonita e mais humana, raramente conseguem um bom equilibrio entre o amor e a vida quotidiana. Andamos detrás deles, queremos que eles andem atrás de nós e “eles” e o amor sao um dos nossos monotemas favoritos; sao longas e constantes as dissertaçoes sobre os mistérios e o erros constantes do cromossoma Y. No fundo, entregamo-nos loucamente ao amor mas reservamos uma mao cheia de bolotas que nos fazem sentir seguras. Quando estamos entre amigas, pomos as bolotas todas em cima da mesa e olhamos com satisfaçao o arsenal conjunto que nos permite cair nos seus braços sem ficar nas suas maos. No fundo, três décadas depois, seguimos sem entender-nos uns e outras.
1 comentário:
Gostei muito! :)
Enviar um comentário