Tic tic tic
Tac
Tic tic tic
Tac. Vai um ponteiro detrás doutro ponteiro, um vai depressa e o outro devagar, dentro de mim a espuma cobre os dias. Tapo a cara com as minhas maos e pela janela aberta de par em par entra uma tensa calma; entra o mundo no seu ritmo descompassado que encobre os nós bem apertados dos poderes que se tentam salvar, como um crocodilo que nada oculto debaixo das águas turvas, alerta a qualquer oportunidade para manter viva a sua vida. As minhas maos tapam-me a cara e protegem-me do medo. Quando abro os braços, sai o mundo de novo para o lugar de onde veio, bem longe de mim, mas sempre a passar, oculto nas àguas turvas de varios sistemas em avançado estado de decomposiçao.
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