Sinto o peso da inevitabilidade da morte que entra nas dinâmicas da minha vida, sinto o peso da velhice que nos tocará como destino certo na nossa condição de humanos, se a vida não se nos fugir antes, pois quem de novo não morre, de velho não escapa, dizia-me primeiro uma das minhas avós, e depois o meu pai, encarregado familiar de passar os ditos populares, se não os dizemos deixam de existir, tal como nós, se não vivemos morremos em vida. E digo-o e repito-o para mim própria, vezes sem conta, sistematizo-o em power point, registo-o em letras grandes em papelinhos amarelos que espalho por todos os espaços onde passo, mas a concentração na minha agenda e o sobrolho franzido do meu coração, obnubilam-me a visão dia após dia. O que é a vi.. pergunto eu às vezes antes de cair profundamente nos braços de um morfeu inanimado.
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