14 fevereiro 2009

Quando as galinhas ainda tinham dentes

É tão remoto este tempo que é justo que lhe dê o titulo de cima quando as galinhas ainda tinham dentes e eu não fazia a mais ínfima ideia do que seria aquilo que desde ontem me tolda o humor e me condiciona a existência desde hoje à conta de uma moinha, que depois se desfará em dores e numa sangria desatada até à redenção final (3 dias volvidos) para voltar - a cabrona - 28 dias depois.

Ora bem, estava eu a remoer as memórias desse tempo indolor:

numa tarde de tédio, na casa-de-banho, abro o armário gigante e pego nuns objectos estranhos e não identificados, sinto-lhes a textura, viro-os de um lado e do outro. Faz-se luz e sorrio. Vou-me embora com os O.E.N.I. na mão

Irmã mais velha: olha lá, o que é isso?
Irmã mais nova (eu): o quê?
Irmã mais velha: isso que tens aí nos pés?
Irmã mais nova (eu): isto? (olho para os então O.E.N.I.) então... são pantufas!
Irmã mais velha: PANTUFAS???
Irmã mais nova (eu): sim, até tinham uma faixa para colar e tudo!
Irmã mais velha: vamos lá conversar.

e foi assim - pelas palavras da minha irmã - que soube da coisa-que-não-tem-nome. prefiro chamar-lhe a 'cabrona'.

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