31 julho 2009

BUUUUUUUU



PROCURA-SE

bifa louca de papel machê em estado de citação verborreica aguda.
Dão-se alvissaras.


requisitos de liderança

- mamã, vamos brincar a fazer plasticina. Eu sou a chefa.
- Ai é? E o que fazem as chefas?
- as chefas mandam os meninos fazer coisas, ir buscar coisas.
- ahh. tá bem, mas as chefas também têm que pedir por favor, toda a gente tem de pedir por favor, toda a gente tem de ser simpática com os outros.
- tá bem. mamã, vai buscar a plasticina, poor favvor!

e eu fui.

dúvida existencial

será que quando aqui estamos em lua cheia, do outro lado do mundo estão em quarto minguante?

Postal


Reciclam-se bifas e cartão. Ainda não tive coragem para espreitar um destes contentores.

No autocarro, de manhã

um amor a começar à minha frente. Ele moreno, talvez da américa latina, vestido de casaco castanho e ar sério. Ela loira, talvez francesa, muito direita no banco. Conversam os dois durante a viagem, o olhar do rapaz perde-se nas curvas do rosto da rapariga, a rapariga hesita entre a compostura e o sorriso entornado. O rapaz tem o cabelo muito penteado, quase consigo ver os sulcos que o pente lhe fez em frente ao espelho. A rapariga tem o cabelo fino e liso e cheira a limão. Saem na mesma paragem do que eu e caminham à minha frente. Atravesso a rua e deixo-os para trás. Fico a pensar se ele terá tido coragem para não a deixar desaparecer na cidade.

30 julho 2009

Diz que deu diz que dá diz que deus dará



Para a múltipla que pediu ajuda: a música chama-se Partido Alto e é do Chico Buarque. Aqui o Partido Alto pela Cássia Eller, mas também podem ver a podem ver pelo Chico Buarque ou pelo Chico com o Caetano (infelizmente, a qualidade do video é fraca).

E hoje é dia de forró

a nossa querida dona ester defendeu hoje voluminosamente bem em todos os sentidos, a sua tese de doutoramento, e até sabia o que era o esternocleidomastoideu. Parabéns por mais este parto.

Eu, psicopata

Horas na biblioteca, páginas de livros, horas de páginas na biblioteca de livros com horas e horas de páginas de livros.

vai pr'rai

diz que deu diz que dá, diz que deus dará..

..e se deus não dáááá

óó nêga.....

comm mé que eu vou fi caaar...

Pede-se a alguma múltipla ou leitor/a caridosa que se prái tiver virada, me ajude a lembrar como é que se chama esta música do caetano baboso (como disse uma vez um amigo desesperado porque o marido andava a ouvi-lo muitas horas por dia e muitos sonhos por noite).

vai daqui


um abraço de parabéns à marvel e a toda a banda desenhada que nos deu nos dá e nos dará,

E por falar em monogamia...

Há mais marés que marinheiros!

28 julho 2009

monopolis*


na grande polis do cosmos vivia uma polly mecânica com dois andros, chamavam-lhe a poliandrica e os seus dois maridos e entre todos se amavam.

do outro lado da rua vivia um kent com duas barbies, a exploradora e a médica e todos se divertiam à brava. o kent fazia biscates aos fins de semana com a sua roulotte e chamavam-lhe o poliginico das farturas.

um pouco mais abaixo, já quase chegando ao parque, viviam três bratzs, a susi que era dj, a jasmim que era roqueira e a cloe que engenheira agrícola. Todas se habituaram a ignorar o mono gamicus, o seu vizinho de baixo, um transformer carrancudo que vivia sozinho consigo mesmo e que sempre que as via passar contentes lhes chamava fuufas escondido detrás da sua janela.



27 julho 2009

falácias

A monogamia não é mais que uma ilusão, um sentimento de poder sobre o corpo e a sexualidade de quem dizemos que amamos. Dizemos, como te quero tanto quero o teu corpo e a tua sexualidade só para mim e se te partilhas com mais alguém que não eu, acuso-te de não saberes o que é o amor, de seres inconstante, imaturo e traidor. E pior, acreditamos nisto, pois mais de mil anos de história nos apoiam, e em nome do amor, reivindicamos o poder sobre o corpo do outro/a, prendemos o nosso corpo ao outro/a e chamamos a isso romantismo.

Livregamia for ever!

leituras

O coração tem mais quartos que uma casa de putas, escreveu o gabriel garcia marquez em "amor em tempos de cólera", e foi esta frase que me tranquilizou o coração durante todo o tempo em que fui alegremente bigâmica.

Sim ou sopas?

Na minha cabeça já estive com outros, mas nunca cheguei a partilhar corpo alheio. O que é que isso me torna? Monogâmica funcional, embora não intencional? Monogâmica praticante com falta de vocação? Monogâmica transmotivacional oprimida? Monogâmica lasciva moralmente reprimida?
Ou simplesmente chata?

Assalto cerebral

A monogamia é uma equação matemática. A monogamia é uma decisão de manipulação dos afectos para atingir determinado objectivo. Ele pensa, eu quero ficar com esta mulher, ela não vai gostar que eu ande a brincar com outras e deixa-me se o fizer. e se o fizer, chegará outro macho e tomará o meu lugar. Eu não quero isso, logo sou monogâmico. A monogamia é pois, para os dois sexos, hetero, bi ou homo, uma decisão racional, de controlo absoluto do corpo físico com base num mandamento simples. Não molharás o pincel na minha mulher enquanto eu não molhar o pincel na mulher de outrém.
Na dualidade monogamia versus poligamia não podem caber factores definidos pelo campo emocional, senão vejamos, há sempre alguém tão bonito quanto nós e há sempre alguém mais bonito do que nós, com o sorriso xpto, o corpo xpto. Há sempre alguém que também tem tantos ou mais pontos em comum com o nosso parceiro, para além de nós. Há sempre alguém tão ou mais simpático, tão ou mais divertido, tão ou mais maturo, tão ou mais inteligente, tão ou mais engraçado, tão ou mais interessante. Coisas que se descobrem num primeiro olhar, coisas que se antevêem e que requisitam a nossa atenção para um segundo olhar e para a vontade de descobrir outras.
A monogamia morre quando deixa de ser um processo racional baseado num objectivo definido. A vida é feita de momentos. Vou curtir este momento que agora me está a agradar e tentar não o estragar. Esta é a decisão. E sem esta decisão, a monogamia definha e morre.
Acho que a definição de amor cabe dentro destes parâmetros, em concordância com a de monogamia. Tu sabes e tens a certeza que amas quando o teu cérebro entrou já neste processo de racionalizaçao, que implica o compromisso emocional e o sacrifício do corpo, sem pedir licença para se instalar.
No entanto, deixo a pergunta, haverá hipótese de existir alguém que é monogâmico por cegueira amorosa, por loucura física direccionada somente e apenas para uma única pessoa?
I mean, a um homem casado com Mónica Belluci, passar-lhe-ia sequer pela cabeça ter vontade de ir molhar o pincel a outro lado, ou a uma mulher casada com o Javier barden? Digam de vossa justiça.

N.A. : A Mónica e o Javier podem ser trocados consoante as vossas preferências.

Noutras paragens

O desafio sobre a monogamia estendeu-se. Aqui podem ler o que o JPN tem a dizer sobre esta palavra.

Mano a mano

Uma desliza pelos concâvos e convexos de cada parte deste meu corpo, a outra ocupa-se do sexo. Há muitos anos que me acompanham, sulcando, alisando, arando, semeando este solo fértil do meu prazer. Decididamente, sou manogâmica.

via láctea

Olho com delicia o tronco nu, sedoso e apetitoso do vizinho do terceiro esquerdo, as mamas exuberantes que quase saem do decote da camisola branca da mulher que entra dengosa no café, os olhos grandes protegidos pelas grossas sobrancelhas do jovem bonito da loja de produtos biológicos, a boca grande e carnuda do meu colega de trabalho e tantos outros corpos bonitos que passam por mim todos os dias. Mas como sei que chegar ao céu é um caminho de muitos dias, só contigo construo o mapa que nos faz descobrir vezes sem contas todas as constelações.

Cinco frases

A monogamia é monocórdica monótona e monossilábica. A monogamia é decidir comer peixe cozido com batatas para o resto da vida e olhar com inveja os cheiros e cores que se sentem ao longe. A monogamia alimenta-se da surpresa e da alegria até as tornar em minúsculas migalhas que só se vêem de monóculo. A monogamia é anacrónica artificial e castradora. A monogamia dá-me azia.

Podia ter sido eu, é verdade, mas recebi por mail!

Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho? E Porque é que vão sempre aos pares?
O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que,quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita.Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter,sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.Quando TENS de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso,resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de“tou aqui tou-me a mijar!”.Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente,que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados. Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair.Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa…Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!!Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que tens no caso de…Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te“na posição”…AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam a tremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço!Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a voz da tua mãe faz eco na tua cabeça *“nunca te sentes numa sanita pública”*,e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias!!Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grande concentração e perícia.Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio!Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, mas não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras).Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão.Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguém tem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota!Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)….
Estás exausta! Quando páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante!Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te do lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo,pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, e consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água.Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso –e sais…
Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto te esperava.“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer.E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outra passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e *a dignidade*.*Obrigada a todas por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e servir de cabide ou de agarra-portas! Passa isto aos desgraçados dos homens que sempre perguntam “querida, por que motivo demoraste tanto tempo na casa de banho?” …. IDIOTAS!

26 julho 2009

Very extraordinary

Não é medo, é receio


Na montra de uma farmácia inglesa, descobri este cartaz. As casas de banho públicas estão cheias de avisos sobre os espirros tosses e lavagens de mãos. Já me cruzei com várias pessoas que abrem portas com os pés. Ontem contaram-me de um avô que aconselhou a neta universitária a cumprimentar os amigos ao longe, i know they're your friends, but just wave them from a distance.

24 julho 2009

abanicando

Elas é que são liberais,

Mas eu é que tenho de lembrar que hoje é dia 24 de Julho! Em todo o caso, a outra bandeira era mais bonita....

provérbio pós-moderno

agosto é mês de gostos, desgostos e amargos na boca

23 julho 2009

ah e tal, o aquecimento global

Só quero dizer que - até agora - este foi o verão mais agradável dos últimos 10/12 anos. Consegue-se respirar sem queimar os alvéolos pulmonares!

símbolos

Sem paciência para nada, simplesmente à espera que as horas passem, resolvi abrir o google imagens e fazer pesquisas sobre coisas disparatadas. Apetecia-me ver um horizonte infinito que me levasse para além dos tabiques destas paredes apertadas e, em vez de pirosas fotografias bucólicas com marcas de água de copyright, os primeiros resultados eram assim:


"Que faz aqui um oito de ladecos? que estupidezzzzzzz, é sempre a mesma coisa, estes tipos.... hum... isto era um símbolo qualquer... do infinito..." Fiquei contente por não encontar o que procurava. How strange is that?

22 julho 2009

Ode à (pós)modernidade

simplesmente genial.
i'm a modern (wo)man, yes i am.

Faitedaivar

Os meus dias têm sido passados na biblioteca de uma universidade em Londres. Para além das horas de trabalho, descobri que aquele edifício de cinco andares cheio de pessoas e de silêncio tem uma densidade de homens bonitos verdadeiramente inacreditável. De várias idades, cores e estilos, nunca tinha visto tanto homem bonito no mesmo sítio. Será isto a alegria no trabalho?

20 julho 2009

Desafioooo

Monogamia é o tema para o próximo desafio. Dia 27 de Julho, próxima segunda-feira, digam o que vos apetecer sobre esta palavra de nove letras.

18 julho 2009

Interpretação de sonhos ou psicanálise freudiana



Foram duas semanas de autêntica tortura, sempre atrás da "minha bolota". Como o Scrat, não deixei de persistir.
Ontem, relatava a familiares o sonho que tinha tido nessa noite: o chão emanava um calor intenso, começava a estalar e eu, qual mãe felina, deitei mãos à minha cria e corri antes que pudesse ser engolida.
Mal tinha acabado o meu emocionante relato um dos ouvintes prontifica-se:
- Foste ver "A Idade do Gelo 3"?
- Fui.
- Suspeitei. Não podes ir ver filmes desses que não fiques sempre apanhada.

17 julho 2009

Va-Va-Voom!



How do we love thee? Let us count the ways.
We love thee to the depth and breadth and height
Our souls can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
We love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candle-light.
We love thee freely, as men strive for Right;
We love thee purely, as they turn from Praise.
We love thee with a passion put to use
In our old griefs, and with our childhood's faith.
We love thee with a love we seemed to lose
With our lost saints, --- We love thee with the breath,
Smiles, tears, of all our lives! --- and, if God choose,
We shall but love thee better after death.

16 julho 2009

Tags

Neste blog a poesia lidera, seguida de sexo e filhos. O que, em termos de encadeamento cronológico (juro que tinha escrito corno lógico!), até faz sentido.

Em tempo estival e com múltiplas múltiplas a banhos, é sempre referescante ler as séries, ali mais em baixo.

15 julho 2009

Devia

Ter escrito para aqui umas coisas, era a minha vez e ooops. Mas uma está de férias, outra de descanso materno, eu estou numa lufa lufa (adoro esta expressão, imagino uma mulher a correr de cabelos desgrenhados e no ar, como uma locomotiva que faz lufalufalufalufalufa, U-uh, u-uh, lufalufalufalufalufalufa). Portanto tenham lá paciência.

Podia

Podia escrever sobre os dias de praia com vento em que sonho com mantas e lareiras, podia falar das sanduíches de pasta de atum ou das malas térmicas que se carregam pelo areal fora, podia escrever sobre gelados ao fim do dia e imperiais com choco frito, podia falar de dez horas de sono à noite e do café que bebo no alpendre a olhar para a vinha, podia fazer um ensaio sobre repelentes de mosquito e protectores solares e as idas à farmácia no Verão, podia falar da preguiça que se instala e invade todos os poros até me transformar numa espécie de gata que procura a posição mais confortável, podia falar de jogos de cartas jogos de tabuleiro jogos de músicas, podia escrever sobre o concerto de cigarras nocturnas, podia zurzir contra as praias que se fazem cobrar três euros pelo parque filhos da mãe vão roubar para a estrada, podia explicar a vontade de dançar com os buraka som sistema.
Podia tudo isso, mas não vou fazer nada. Estou de férias.

13 julho 2009

Antes de ir de férias

Queria só explicar que gay é o adjectivo inglês para:

alegre
feliz
divertido
satisfeito
jovial
vivo
brilhante
de cores vivas
atrevido

Fazer (como já alguns dicionários reféns do politicamente (in) correcto) dessa palavra o exclusivo de:

homossexual

É muito enervante, além de ignorante e patético! É que os homossexuais, ao contrário do que acham uns quantos, não detêm o exclusivo da alegria e felicidade. Lamento.

E podem zurzir à vontade na caixa de comentários!

12 julho 2009

Optimus alive 2009

Grande dia. Dinheiro bem gasto. Bandas do dia: Chris Cornell, Black eyed peas e Dave matthews band. Eu fui para ver Chris Cornell em especial mas também o Matthews. Um pouco desiludida e de pé atrás por causa do último trabalho do Cornell, o album Scream, em conjunto com Timberland, o produtor guru do meio Hip-hop, lá fui eu, a pensar honestamente que aquilo nunca iria funcionar ao vivo na voz de um homem do blues, do rock alternativo, do soul. Mas estava enganada. Aqui ficam dois dos temas do novo album, tocados ontem num festival que mais uma vez prima pela óptima organização e constantes pontos de interesse, com coisas a passarem-se a todo o momento e sem ninguém a trapalhar ninguém. Muito bom. Cinco estrelas para o festival e outras cinco para o Chris Cornell, pelo novo trabalho e também por não se ter esquecido de revisitar temas de Soundgarden (rusty cage, outshined, black hole sun e spoonman, com perninha para medley, com good times, bad times de led zeppelin) e de Audioslave. Um must.

11 julho 2009


A penetração é, em si, uma benção!

Acto de confissao

Minhas multiplas porque sois tao boas, perdoai-me as minhas ofensas e a minha indisciplina. Bem sei que o calendario do google me tem chamado a razao. Manda-me mensagens e diz-me. Multipla, porque nao escreveis qualquer coisinha? E eu, cedo ao pecado. O pecado da preguica, o pecado de quem esta de ferias e nada faz. Perdoem-me minhas multiplas pelos meus pecados, perdoem-me tambem a ausencia de acentos mas......................... MADRID ME MATA!

Com amor,

Amen.

10 julho 2009

Tenho uma coisa para dizer

Gosto da miúda do deserto.

Pronto, está dito.

Bond girl


É como me sinto depois de passar todo o dia a ouvir a OST do 007. Ah pois!!

Feira erótica medieval

a não perder a notícia aqui, no Novo Mundo

09 julho 2009

Eu sei que a vida devia ser bem melhor, e será

mas isso não impede que eu repita - é bonita, é bonita e é bonita!



(depois de tanta conversa de mortes e fins do mundo, este blog estava mesmo a precisar disto)

Acto 3

Inspiro. Abro os olhos. Pessoas, objectos, coisas à minha volta. Um carro que passa ao longe. Tic-tac, o tempo não pára. Expiro. Dói. Inspiro. Vozes que falam, riem, sussuram. Tic-tac, mais um minuto que passa. Expiro. Fecho os olhos. Inspiro. Não te vejo. Ainda bem. É mais fácil assim. Tic-tac, está quase. Expiro. Sinto o coração a bater. Inspiro. Já não vejo. Tic-tac, passa, tempo. Não expiro. Está quente. Não inspiro, os sons vêm abafados pela água. Tic-tac, as formas dissolvem-se em cores, difusas. Não expiro. Aguento. Não inspiro. Não sinto o peso do corpo. Tic-tac. Quanto tempo terá passado? Não expiro. Falta-me o ar. Não inspiro. Larga-me! Deixa-me ir, não me levantes! Não expiro. Odeio-te! Porque é que insistes em tentar preservar-me a alma, se quero apenas destruir este corpo?
Inspiro.

pergun

Sinto o peso da inevitabilidade da morte que entra nas dinâmicas da minha vida, sinto o peso da velhice que nos tocará como destino certo na nossa condição de humanos, se a vida não se nos fugir antes, pois quem de novo não morre, de velho não escapa, dizia-me primeiro uma das minhas avós, e depois o meu pai, encarregado familiar de passar os ditos populares, se não os dizemos deixam de existir, tal como nós, se não vivemos morremos em vida. E digo-o e repito-o para mim própria, vezes sem conta, sistematizo-o em power point, registo-o em letras grandes em papelinhos amarelos que espalho por todos os espaços onde passo, mas a concentração na minha agenda e o sobrolho franzido do meu coração, obnubilam-me a visão dia após dia. O que é a vi.. pergunto eu às vezes antes de cair profundamente nos braços de um morfeu inanimado.

08 julho 2009

Palavras sábias do meu pai

A vida é uma doença mortal, hereditária e sexualmente transmissível.

E a vida é prá frente

... lá dizia a velha Astrid com ar de quem dizia uma grande verdade.
2012. Por esta altura hei-de estar prestes a comemorar o 44º aniversário. A 21 de dezembro hei-de ter celebrado o 16º da minha filha e ambas andaremos, lado a lado, na azáfama dos preparativos de mais um natal que será, invariavelmente, passado cá em casa com a pouca família que chega para encher as acanhadas assoalhadas.
E não venham os incas ou os maias estragar-me a minha felicidade que cada vez mais consiste em muito pouco.

Juraci-a vidente contente e a profecia final

Juraci não cabia em si de contente. A vida corria-lhe de feição. Clientes naquela parte do mundo não lhe faltavam e a memória dos tempos vividos na pátria lusa, desvanecia-se dia após dia sem querer deixar rasto. Tinham passado sensivelmente três anos desde a sua chegada a Istambul . Juraci - A vidente contente, retirou os pés da água, banhados pela corrente fresca do Mar Negro, e secou-os à toalha distraída pelo gritos de alegria do Professor Uganbanga que brincava por ali, em correrias com o cão Kasparov.
Mas nem tudo eram rosas, descobriu Juraci, quando ao fim da tarde desse mesmo dia, a sua querida e indispensável bola de cristal, modelo"ver sem limites 6.5", já com os upgrades do último trimestre feitos, lhe revelou algo de inesperado. O final do mundo, marcado para uma data tão específica que Juraci não teve como ignorá-la. 21 de Dezembro de 2012 era a data marcada para o final da espécie humana e do planeta terra e era também a data de aniversário do seu casamento com Uganbanga. Juraci sabia que a sua bola não se enganava. Nunca. Por isso resolveu encarar a coisa como um facto consumado. Quando Uganbanga a olhou ternamente enquanto mordia um morango encharcado em moet & chandon, já tarde na noite, deitados no seu quarto, Juraci contou-lhe a profecia. A sua reacção foi absolutamente serena tendo em conta a sua crença na imortalidade e limitou-se a endireitar os óculos na cana do nariz com um sorriso.
- Nesse dia, vou amar-te da mesma forma que te amo hoje.
Era no fundo o que interessava. Essa era uma premonição para a qual não necessitava de bola nenhuma. Aninhou-se, calma e em paz nos braços de Uganbanga sem desejar saber de mais coisa nenhuma.
Deitado aos seus pés, enrolado na manta de pêlo de carneiro, Kasparov espirrou, alertando-os para a sua presença. Juraci riu-se e fez-lhe uma festa carinhosa na cabeça. Spaciba, respondeu ele, voltando a fechar os olhos.

morreu-me o mundo

De repente, não pude evitar, encontrei-me com a morte. Andava muito tempo a não querer -la mas ela fez-se gigante e impôs-se à minha frente. Encontrei-me com a morte eminente da minha mãe, encontrei coisas no meu pai que não julgava serem possíveis, encontrei-me com a morte de tios e amigos da geração dos meus pais, encontrei-me contigo e nao te consegui ver. Morreu-me o amor, morreu-me a vida tal como eu a conhecia, como a tinha construído e desejado. 2012 chegou mais cedo e ando perdida à espera de um tsunami que me faça de novo sentir viva.

Assim como assim

Dia 21 de Dezembro é dia de jantar de família. O meu filho já terá 3 anos, já saberei o que é ouvir mãe de uma boquinha amante incondicional da nossa existência, se calhar até lhe terei dado irmãos. Nessa noite estarei com os que mais gosto, os que mais me gostam. If you have to go, go with a smile.

Aqui tem, mãe

- E, se tudo correr bem, já podem ir para casa passar o Natal!
Peguei-lhe e fiz uma promessa baixinho: "Deixa lá, fazemos a festa em Junho para poderes receber presentes mais do que uma vez no ano!"

sin que sobre un pedazo de piel

Marília não queria acreditar. Há anos atrás tinha-lhe acontecido uma coisa parecida, quando o ricardo entrou pelo salão dentro e lhe prometeu um voo a dois pelo mundo. Hoje, enquanto esforçava um sorriso contido em frente ao espelho ai credo tantas rugas, enquanto observava o penteado com que guiomar lhe tinha enquadrado a cara estou igual à minha mãe, enquanto sentia na mão a moeda que iria depositar no bolso da vânia chego a casa e despenteio isto um bocado, sentiu a terra a tremer, uma luz branca a invadir o salão, o ar a tornar-se pegajoso como um rebuçado velho. Antes de tudo acabar, só foi capaz de se lembrar da noite em que dançou com ele en mi sueño he creído tenerte devorandome.

Diz que sobram três anos

Quando era criança vivia aterrorizada com o fim do mundo. Nessa altura, o medo estava na guerra nuclear. Lembro-me que sonhava com o cogumelo que tinha visto na televisão, os vidros explodiam, uma luz enorme invadia tudo e eu sabia que tudo iria acabar. Depois um dia a guerra nuclear deixou de ser o papão. Chegou a vez das profecias deste e daquele, do zandinga ao nostradamus, dezenas de fins que se anunciavam de forma imprecisa. Única certeza: o mundo iria acabar. E agora, pela mão da múltipla que lançou este desafio, fiquei a saber que há mais uma data para o enterro de tudo o que conhecemos: 21 de Dezembro de 2012. Um sítio oficial do fim do mundo faz uma grande sopa de várias esoterices que garantem o armagedão, desde a profecia maia até aos índios hopi, passando pela bíblia ou pelo já nosso íntimo nostradamus. Lá no meio, misteriosamente, está einstein e as abelhas. Pelo sim pelo não, vou ali escrever um livro apocalíptico e já venho. Com sorte, morro milionária.

07 julho 2009

SF 50, por favor


A imagem não é sequer muito chocante.
Quando me passeava com o frasquinho de plástico que continha o bocado extraído da minha coxa mergulhado numa solução de formol já sabia, mais ou menos, ao que ia. Mesmo assim, o resultado escrito em letras capitais numa folha de papel branco não deixou de me chocar: CARCINOMA BASOCELULAR SUPERFICIAL. Contive o tremelique nos beiços, andei uma boa hora a pé e pensei "afinal andaste anos a dar em durona e a antecipar que ias padecer deste mal; para quê?! não te serviu de nada?". Não, não serve de nada. Com sorte, faço parte de uma grande maioria que não sucumbe à doença mas mesmo assim, o sol começou a ser meu inimigo, depois de anos a driblá-lo e a esconder todos os escaldões apanhados na infância e na adolescência e curados a álcool canforado. Foda-se! e logo eu, que preciso tanto dele...

Não quero imaginar

Depois da massagem que me fez ao cabelo, o que aquele cabeleireiro me faria ao resto do corpo.

caracol, caracol, põe os pauzinhos ao sol

Quando, numa caixa de comentários ali para baixo e que agora não encontro, se falava na baba de caracol como creme revolucionário para todo o tipo de problemas de pele, achei que a múltipla tinha tido imensa graça e acutilante, como sempre!

Ontem, babei de espanto:

Fui investigar e diz a gigashopping tv:
"baba de caracol é uma das mais poderosas fontes naturais de regeneração cutânea. Possui propriedades regeneradoras (devido ao seu elevado conteúdo em colagénio e elastina), anti-envelhecimento (por ser rica em vitaminas antioxidantes com a A, C e E), nutritivas (por possuir na sua composição proteínas com uma estrutura semelhante às da derme humana e mucopolissacarídeos altamente hidratantes), exfoliantes (devido ao seu elevado conteúdo em AHA - alfa hidroxiácidos), anti-inflamatórias e despigmentantes. Activa a regeneração celular nos tecidos danificados por causas diversas, como rugas, manchas, cicatrizes ou marcas. Esta acção deve-se essencialmente ao extracto purificado de baba de caracol, rico em colagénio, elastina e proteínas com uma estrutura semelhante às da derme humana. Deve-se, ainda, à alantoína, conhecida pelas suas propriedades anti-irritantes e humectantes, tornando as peles ásperas em peles lisas e macias, mas que é sobretudo um renovador celular, estimulando e acelerando a proliferação de células novas. A baba de caracol é rica em AHA (alfa hidroxiácidos), sobretudo glicólico, láctico, málico e cítrico. Estes AHA têm um efeito peeling sobre a pele, favorecendo a renovação celular e acelerando o turnover das células, efeito muito eficiente para tornar a pele lisa, luminosa e para combater as rugas."
Três tipos: cara, corpo e mãos.

Do I dare?

06 julho 2009

devo dizer que estou muito orgulhosa!

com tanta física e metafísca cá na casa, a minha foi eleita a posta mais enigmática do oito e coisa!

Três, quatro, aguenta

O casamento era, antes do mais, uma aliança. Entre pessoas, famílias ou Estados. Para a defesa e segurança da prole. Depois, acrescentou-se o amor à equação e a partir daí a fórmula era tanto infalível como irresistível.

Hoje dizem que o casamento está em crise. É o que parece porque os números supostamente não enganam e as taxas de divórcio são enormes. Eu acho que não é a instituição do casamento que está em crise por si própria. Está em crise porque cada um de nós está em crise: deixamos de acreditar ou não sabemos mais no que acreditar.

Entre várias coisas, deixamos de acreditar em alianças. E deixamos de acreditar no amor. Tudo só é eterno enquanto dura, enquanto dá adrenalina, enquanto dá um prazer hedonista, enquanto é útil, confortável ou com ausência de chatices. Não vale a pena fazer sacrifícios. Não há necessidade da verdade porque tudo é relativo. Já não há condutas certas e erradas. Não criticamos nada por medo ou com a desculpa que o que interessa é ser feliz. Já não há responsabilidades para com os outros, porque só somos responsáveis perante nós próprios.é uma guerra perdida à partida. E há os que acham que tudo isso é ser livre ou ser um livre pensador, longe de amarras conceptuais retrógradas e cuja abolição se impõe com urgência.

Já aqui apareceu o elogio do amor puro, daquele em que o amor é uma coisa e a vida é outra. O MEC também escreveu outra coisa sobre o amor em relação à liberdade. Em resumo, dizia que só quando há uma entrega mútua da liberdade própria à pessoa amada é que se é verdadeiramente livre. Pois…

Quem se mostra como é de verdade, com toda a fealdade da alma, sem longas pernas depiladas ou bíceps musculados? Quem escolhe não ter experiências com a colega solícita e compreensiva, mesmo ali ao lado, ou com o amigo da amiga, aquele cheio de graça e uma pontinha de safadez que deixa adivinhar todo um mundo de suado prazer? Quem é louco o suficiente para querer aturar sempre a mesma pessoa e aliar-se a ela nas dificuldades de uma vida em família, desde as fraldas da infância dos filhos até às próprias fraldas na velhice? Quem se compromete, mesmo!, com o compromisso que tantos outros tem? Que acredita que consegue tudo isto e que, no fim dos tempos, terá valido a pena? Quem sabe que, apesar de tudo, pode não dar certo? Finalmente, quem acha que vale a pena assinar uma mera folha de papel, paulatinamente despojada pelo Estado dos seus poucos efeitos positivos?

Se respondeu Sim, reúne as condições de insanidade que o elegem como candidato ao casamento (mas não garantem o sucesso do mesmo). Se respondeu Não ou NS/NR, vai casar porquê? Fique pelo ALD mútuo e não se desgrace.

05 julho 2009

Contra o oráculo falacioso e trabalhoso!

Uma pessoa deixa de vir aqui uns dias e percebe que um oráculo tomou conta da vida das suas múltiplas.
Deixem-se de merdas...
O melhor oráculo é sempre aquele que nós próprias inventamos.
Eu tenho um:
duas chaves iguais no molho de chaves que sempre me acompanha, uma da porta da rua outra de uma das divisões da minha casa.
O processo é simples, faço uma pergunta quando entro no prédio, se erro na chave é um Não, se acerto na chave à primeira e a porta abre é um Sim.
A maior parte das vezes a porta não abre à primeira...

Por isso desculpem mas eu não vou fazer esse oráculo que me parece muito trabalhoso,
estou muito feliz com o meu superbásicoráculodesimenão.
E sabem a melhor?, às vezes ele engana-se.

breves

passeando por outros blogs, por fim compreendi a posta mais enigmática do oito e coisa. Parece que, por um alegado par de cornos, temos um ministro a menos; uns acham que o que ele fez foi um desrespeito à nossa nação, outros dizem que os par de cornos são prova de humanidade do senhor ex-ministro, e outros ainda acham que o que ele fez não eram cornos, eram antenas e que estas são um símbolo de inteligência, por isso o ministro estava era a elogiar o contrincante e não a chamá-lo cornudo.

Além disso, continuando na assembleia da república parece também que anda tudo num alvoroço a comentar a inédita situação do chefe dos deputados elogiá-los a todos em vez de desancá-los, como é prática habitual para se mostrar quem é que tem razão.

outra pergunta

há uns tempos atrás fez-se uma pergunta simples. Hoje faço outra, o que se faz quando se descobre que o amor acabou?

04 julho 2009

Um calor de ananazes,

um amigo que desafia, eu chamo a outros dois, encontramos-nos de surpresa com outra, todos com os nossos filhos e filhas que também se encontram uns com os outros. Vamos à praia do nosso bairro, uma ilha nas traseiras de um quarteirão de prédios, onde há bancos, uma areia algo suja e uma piscina onde a água nos dá pelo meio da perna e de onde não saímos nas quatro horas que ali estivemos, submergidos nos transgénicos, na bissexualidade, nas actividades de verão para crianças, no peso da paternidade e da maternidade em cada um de nós e em nelas, enquanto as crianças inventavam os seus jogos e negociavam quem mandava, que não, que a minha mãe disse que todos mandam, temos é que chegar a acordo, mamaaaaa, o sergi disse que ele é que manda porque já fez cinco anos…

bolinho da sorte chinês

Na baixa do sapateiro pensas que um dia encontraste o teu principe da babilónia escondido en alexandria, foge das campainhas das bicicletas, escondes-te e encolhes-te nos colhoes da tua cobardia, até que um virá alguém que gosta de nêsperas e nesse dia já nao te comerá, só restará o teu velho corpo já podre de onde saiu quem escondias sem saberes.

Mais um oráculo

Na encruzilhada, tráfego congestionado, a mente tem de ser liberta. Deixa-te abraçar pelo groove multicolor enquanto a guitarra gentilmente chora o corpo de uma mulher. Do telhado, lava a cair no terraço. Um macaco de meias a comer tiras de bacon, grita: Tenta!, enquanto o vento sopra o teu nome.

Pequena história sem sentido contada pelo oráculo

O coração de ouro brilha no chá do deserto. Dia após dia um bem querer sem fantasia deixou-a de pernas para o ar. Se o amor é um vestido vermelho, então a liberdade está no céu. Uma pergunta chegou soprada pelo vento: pode alguém ser quem não é?

Funky cold medina

e pois aqui vai o meu:

IF SOMEONE SAYS "IS THIS OKAY" YOU SAY? na baixa do sapateiro, caetano veloso

WHAT WOULD BEST DESCRIBE YOUR PERSONALITY? na madrugada, seu jorge

WHAT DO YOU LIKE IN A GUY/GIRL? costa paraiso, el guincho

WHAT IS YOUR LIFE'S PURPOSE? the long and winning road, beatles (nem mais, mas com saúdinha de preferencia)

WHAT IS YOUR MOTTO? voando sobre os rios, fado moliceiro, carlos paredes

WHAT DO YOUR FRIENDS THINK OF YOU? matate tete, molotov (acham que eu sou maluca, é o que é)

WHAT DO YOU THINK ABOUT OFTEN? Charles, Maria Joao e Mário Laginha (juro que nao conhecço nenhum a nao ser o principe de inglaterra)

WHAT IS 2+2? Acabou chorare, Arnaldo Antunes (ai arnaldo, arnaldo, nem sabes tu quanto acertaste)

WHAT DO YOU THINK OF YOUR BEST FRIEND? sidestepper, sidesteper

WHAT DO YOU THINK OF THE PERSON YOU LIKE? el salao, no artist, salsa vieja(salao quer dizer azarado, aquele a quem tudo corre mal, nao é lá muito animador)

WHAT IS YOUR LIFE STORY? Gist, Win Mertens

WHAT DO YOU WANT TO BE WHEN YOU GROW UP? Canto guerra, los superlitio (eu cá acho que seria mais canto paz, mas enfim)

WHAT DO YOU THINK WHEN YOU SEE THE PERSON YOU LIKE? cabeça de vento, amália rodrigues (porra, tá mesmo a embirrar)

WHAT DO YOUR PARENTS THINK OF YOU? money, the beatles. ou a falta dele.

WHAT WILL YOU DANCE TO AT YOUR WEDDING? no pidas imposibles, martirio (pronto, tá bem)

WHAT WILL THEY PLAY AT YOUR FUNERAL?gallo rojo, version instrumental, los fabulosos cadillacs

WHAT IS YOUR HOBBY/INTEREST) Across the (nao tenho resto), beatles e ravi shankar, mas está certo, adoro o verbo ir

WHAT DO YOU THINK OF YOUR FRIENDS? Ayer me dijo una ave, caifanes (juro que njao penso que sao todos cuscas)

WHAT'S THE WORST THING THAT COULD HAPPEN? Gracias montes, ¿será una rosa¿

HOW WILL YOU DIE? Ingles, molotov

WHAT IS THE ONE THING YOU REGRET?
tradiçao, caetano e gil

WHAT MAKES YOU LAUGH? La mafia, orquestra narvaez

WHAT MAKES YOU CRY?
how beatiful could a being be, moreno veloso(binguissimo)

WILL YOU EVER GET MARRIED? El cazador y el armadillo, mojarra elctrica (chiça, que é mania)

WHAT SCARES YOU THE MOST? Argentine tango, caetano veloso

DOES ANYONE LIKE YOU?
concha piquer, tatuaje

IF YOU COULD GO BACK IN TIME, WHAT WOULD YOU CHANGE? Chabetiza, superlitio

WHAT HURTS RIGHT NOW? Nem às paredes confesso, amália rodrigues, que eu cá sou uma tumba

WHAT WILL YOU POST THIS AS? Funky cold medina, rock latino