(...)
Caminhava acelerado para casa dela. Nervoso, tocou à campainha. O mesmo toque de sempre, primeiro curto e depois prolongado. Atendeu-lhe o amigo dela. Gostava dele, tinha um ar de pessoa porreira. Perguntou-lhe por ela. Ele disse "Ela já não está cá. Foi embora. Não sabemos para onde foi e também não disse quando volta.". Naquele momento sentiu o coração saltar-lhe à boca, precisava de sentar-se. Precisava de gritar, precisava de chorar. Num solfejo de contimento pediu-lhe se podia ir ao quarto dela. Ele disse-lhe "sim, demora o tempo que precisares.".
Entrou, os móveis mantinham a mesma disposição. As paredes, porém, estavam despidas. Ela tinha retirado as fotografias, os papéis e os postais. Sentou-se na cama, pousou a cabeça sob os joelhos, as mãos na nuca e chorou. Chorou como nunca se tinha permitido chorar. Quando os seus olhos azuis secaram, deitou-se. O cheiro dela mantinha-se entranhado na almofada. E deixou-se adormecer naquele soluço de desalento.
Caminhava acelerado para casa dela. Nervoso, tocou à campainha. O mesmo toque de sempre, primeiro curto e depois prolongado. Atendeu-lhe o amigo dela. Gostava dele, tinha um ar de pessoa porreira. Perguntou-lhe por ela. Ele disse "Ela já não está cá. Foi embora. Não sabemos para onde foi e também não disse quando volta.". Naquele momento sentiu o coração saltar-lhe à boca, precisava de sentar-se. Precisava de gritar, precisava de chorar. Num solfejo de contimento pediu-lhe se podia ir ao quarto dela. Ele disse-lhe "sim, demora o tempo que precisares.".
Entrou, os móveis mantinham a mesma disposição. As paredes, porém, estavam despidas. Ela tinha retirado as fotografias, os papéis e os postais. Sentou-se na cama, pousou a cabeça sob os joelhos, as mãos na nuca e chorou. Chorou como nunca se tinha permitido chorar. Quando os seus olhos azuis secaram, deitou-se. O cheiro dela mantinha-se entranhado na almofada. E deixou-se adormecer naquele soluço de desalento.
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