30 agosto 2008

Ser ou não empreendedora

Desde há algum tempo que me anda a obcecar a ideia de montar um negócio. Ando a desmontar uma série de preconceitos que tenho (tinha) em relação ao mundo dos negócios, ao ter dinheiro, ao trabalhar em coisas comerciais. Mas ainda não me consegui decidir. Outro dia pedi ajuda a um amigo que sabe mais destas coisas que eu para que me falasse sobre o que é ser empreendedor/a. Esta foi a sua resposta:

O empreendorismo tem uma característica lixada: não se consegue ensinar... Mas existem traços comuns a todos os grandes empreendedores: perseverança, faro de perdigueiro... e sobretudo: tolerância ao risco, pragmatismo, flexibilidade. Sem uma boa ideia nada feito, mas depois disso há um mundo de coisas que podem correr mal quando ela é posta em prática. O factor sorte-contingência tem muito peso. Por isso os empreendedores têm sempre uma atitude saudavelmente sobranceira face ao risco, porque ficariam bloqueados se racionalizassem demais tudo aquilo que pode correr mal. Já alguém disse que a mente dum empreendedor é algo parecida com a de um delinquente juvenil, sempre suficientemente irresponsável de modo a não levar demasiado a sério todos os potenciais obstáculos. Eu tenho uma admiração muito grande por quem tenha esse perfil: não é meu caso. Sou demasiado obcecado com os riscos para os conseguir esquecer. Adoro construir coisas à minha volta mas estou sempre demasido desperto para os limites. A principal característica dos grandes goleadores é não pensarem demasiado. Quando vêem a baliza limitam-se a chutar, não perdem tempo a fazer um desenho da baliza. Eu cá sei desenhar umas balizas todas bonitas e consigo explicar a melhor maneira de marcar golo... mas marcá-lo é outra história. Uma dúvida não tenho: para ser empreendedor é preciso querer mesmo muito. Sem tenacidade nada feito... e estar preparado para não acertar à primeira, se calhar nem à segunda... Às vezes até parece que alguns empreendedores são uma espécie estranha de abutres que se conseguem alimentar dos seus próprios fracassos. E essa característica faz a diferença.
Fiquei contente, tenho perserverança e "irresponsabilidade" suficientes, e a boa ideia... também está quase.

3 comentários:

dizia ela baixinho disse...

a explicação do teu amigo é boa.

mas de que se trata o tal negócio? deixaste-me curiosa.

abraço, oito!

8 e coisa 9 e tal disse...

isso agora...o segredo é a lama, perdão a alma, do negócio. só posso dizer que tem a ver com cabeças..

welcome back querida que diz baixinho

zamot disse...

Granda amigo!
Força aí!