23 agosto 2008

that's my girl

menina - vamos brincar aos pinguins?
outra menina- vamos! eu sou um pinguim.
menina - não, és uma pinguina, uma pinguina...

3 comentários:

d. inês sequiosa disse...

a tua luta vai-se tornando também a das nossas crianças. A propósito deste texto, lembrei-me deste outro

http://oitoecoisa.blogspot.com/2007/05/os-senhores-e-as-senhoras-ou-igualdade.html

8 e coisa 9 e tal disse...

inesquecível esse texto, uma grande lição para os senhores e as senhoras do oceanário :)

Anónimo disse...

Serão, certamente, grandes miúdos (o deste post e do anterior)porque aprenderam a questionar e a questionar-se. Lamento discordar, no entanto, da tese da "desmontagem" e, sobretudo, dos méritos da "lição".
No caso em apreço, qualquer adulto - falando medianamente português - saberia que "os senhores" não excluem "as senhoras". Como "os membros" não excluem "as membras" e os "jovens" as "jóvenas" (palavras que, só por distracção, ainda não foram reivindicadas pelo frentismo igualitário e "igualiteiro" de género, modelo Pilar del Rio). Que uma criança (aqui usa-se o feminino para generalizar, também estaremos perante um caso de sexismo opressor?) tenha dúvidas quanto aos seus âmbitos, é interessante.
As regras da gramática destinam-se a, entre outras coisas, facilitar a comunicação, imprimindo à língua falada e escrita, sempre que possível, a necessária agilidade, economia e simplificação. E inteligibilidade. É a isso, simplesmente, que obedece o uso habitual do masculino e não a qualquer plano universal, misógino, pérfido e subliminar, de dominação e de amarfanhamento das legítimas aspirações femininas à igualdade de direitos e oportunidades. Dizer "senhores e senhoras" é fazer exactamente o contrário. Como o seria dizer "Conselho de Ministros e Ministras" ou "ladram cães e cadelas". Como o é a nova moda dos "juízes e das juízas" e a dos "portugueses e portuguesas" a que cedeu miseravelmente boa parte da (dita) classe política. A vingarem, estas formulações circunloquiais e redundantes tornariam muito mais difícil de apreender as circunstâncias em que, efectivamente, se justificam as enunciações mais exaustivas. Aquelas em que há mesmo que fazer distinções e que as tornar claras.
Por outro lado, não deixa de ser curiosa a ideia da "idiossincrasia dominante" e a visão artificial e politizada da evolução da língua que inevitavelmente acarreta. Custa-me acreditar que os pobres romanos (e desta vez excluo do conjunto as romanas) e os homens árabes (ainda não se lembraram das “árabas”) tivessem o propósito escondido de imporem o seu domínio másculo por via linguística e, mais ainda, que seja esse o objectivo actual de qualquer ser pensante (seja ele ele ou ela)... Igualmente difícil de entender é o tempo que muitos homens (em particular, mulheres) perdem com isto.