20 fevereiro 2010

Ali naquela nave

Ali naquela nave central, a ouvir uma língua que não é a minha, veio tudo de novo a mim. Ali naquela nave, veio de novo a mim a ausência que não desaparece, o espanto da perda que não se dilui nem à força dos anos que passam - e são já tantos -, ali voltei a ser como há onze anos atrás, um corpo desamparado que chora . A morte é um mistério para os que cá ficam.

2 comentários:

-pirata-vermelho- disse...

Nem mais, estimada múltipla, nem mais. A morte, a ser, não seria mais do que isso.
Lastimo a sua dor.

Adriana Vargas joyas disse...

querida oito, toma lá um destes abraços gigantes, ainda que fora do tempo, mas da mesma forma que a ausencia nao passa, a presença também está sempre.