08 fevereiro 2010

Confio

Como um cego num espaço estranho sigo em frente.
Sem saber o que vem a seguir sem nunca saber com o que me vou deparar, como um cego sigo em frente.
Tateio o espaço e confio cegamente como um cego.
Confio e tenho medo, acredito e encolho-me, reconheço algo e tiram-me o tapete.
Como um cego não vejo, só intuo, umas vezes engano-me e outras acerto redondamente e surpreendo-me.
Como um cego sem bengala continuo, sigo este caminho que escolhi e não sei se é meu ou se sequer pertenço aqui.
Como um cego, sinto-me ao pé de ti...

.. e continuo a pedir-te que me dês a mão....

1 comentário:

Unknown disse...

Querida Oito, abre os olhos.