Pequenos estilhaços de vida correm-me pelas veias.
Restos mínimos de uma lâmpada partida escorregam na minha existência.
Caminho devagar no fio da navalha.
Em bicos dos pés devagarinho para não me cortar.
Gotas de sangue escorrem na lâmina de aço frio.
São lágrimas que não consigo conter nos meus olhos.
Olho em volta e somos muitos.
Somos mesmos muitos.
Olho em volta e sinto-nos perdidos.
Os olhares vazios que se trocam buscam constantemente qualquer coisa.
E pergunto-me será que temos consciência, será que eu tenho consciência.
Olho à minha volta e sinto a navalha em que caminho a cortar os meus olhos que lacrimejam pedaços de lâmpada.
O que será que buscamos?
Tão avidamente e tão perdidos......
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