30 junho 2010

Fim da manhã com vista para lisboa

Nos miradouros de Lisboa acontecem muitas coisas. 
O negro que empilha chapéus na cabeça e colares nos braços e sorri aos que passam, não quer comprar? O homem que dorme deitado no banco como se fosse na cama. A senhora que procura pombos com as mãos cheias de migalhas (se calhar alguma delas é um bocado de mim). O escanzelado que fala sozinho às voltas sobre si mesmo, quando eu for assassinado vocês continuam a trabalhar, mas em horário flexível
E tudo isto não é verdade, tal como não é verdade eu estar ao teu lado a dizer-te adeus numa manhã de sol sobre lisboa.

1 comentário:

sete e pico disse...

lisboa às vezes abriga tristes verdades.

Vai daqui um abraço mediterranico

(voleted, diz o oraculo da verificaçao de palavras, tudo é volatil nesta vida)