01 junho 2010

sssssaaaaaaaaaaalttaaaaaaaaa!!!

Hoje, ao ver o desafio de que já me tinha esquecido, só me lembrava das descidas vertiginosas na rampa do portão do colégio. Nas pistas que fazíamos com canas e mochilas e casacos. Das pernas todas escalavradas, dos collants empapados em sangue e terra e das malhas quase enterradas na rótula. Elas de patins, eles de skate. E todos os dias limpava os meus lindos, de metal cromado e couro vermelho. Tratava deles com todo o cuidado do mundo, porque um tinha preenchido a quota dos presentes de anos e o outro a dos presentes de Natal.


Quanto chegar a vez de elas se magoarem, vou ter de me lembrar da alegria de andar rota e esfolada. Do orgulho de conseguir saltar por cima das varas e aterrar do outro lado.

4 comentários:

o chofer a dançar com a criada disse...

Nem mais, puto que não ande todo esfolado não é puto!

sete e pico disse...

que bonita esta recordaçao. E sim, é importante que a gente nao se esqueça que as crianças têm direito a andar sujas e rotas e divertirem-se na rua ao ar livre com as outras crianças sem adultos a dizerem-lhes cudado que cais, vê á nao te sujes..


(um patim de presente de anos e outro de presente de natal.. é o chato de fazer anos em dezembro :)

foi dançar a bossa nova disse...

o pior é resistir a deixá-los cair...
(muito! aliás, esta técnica de fortalecimento de carácter também se aplicou, se bem me lembro, a uma barbie cintilante... )

na prise és bestial disse...

e aventura de continuarmos pela vida fora com esfoladelas e arranhões e marcas de quedas. Com ou sem patins.