Descobriu que era um réptil no dia em que decidiu livrar-se da pele que trazia agarrada a si. Nenhum outro sinal denunciava a sua condição, o sangue corria quente nas veias, nem uma escama pelo corpo fora, o coração era ainda muito mais do que um músculo que não desiste de bater. Fez o primeiro golpe e passou muito tempo a arrancá-la de si. A pele caía em pedaços no chão, restos de tecido sem dor nem memória. Já não tinha gravado na pele o manual de instruções para vidas banais. Podia errar sem medo.
1 comentário:
gracias multipla, acabei de descobrir quem sou também. é vom ser reptil para poder errar sem medo, ainda tenho é muita pele para tirar
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