09 junho 2010

digo eu de mim para ti



De que adianta o casamento se não se olha para o outro/a com carinho, com amor, com paixão, com camaradagem? De que serve o casamento se se aguenta o outro/a por todas as redes sociais que estão à nossa volta, a minha familia, a tua familia, os amigos comuns, o móvel da avó, a casa da familia, de que adianta o casamento se estamos juntos por tudo aquilo que um dia fomos e já nao somos, ou por tudo aquilo que gostaríamos de ser e nao seremos nunca. De que serve o casamento se não nos ajuda a ser feliz e a ser melhores pessoas? De que servem tantos medos à solidão, à perda, se nesta forma de estar acompanhando-nos já nos sentimos sós e com medos? De que serve culpar-te por eu não ser feliz se sou eu quem já não sei onde está a minha felicidade e tenho medo a descobri-la sem ti? De que serve aguentar o casamento se se sente que se está a aguentar e a não a desfrutar dele? De que serve ter quem nos aqueça os pés nas noites de inverno se a nossa alma se vai gelando pouco a pouco?


por isso, um dois insiste insiste, tres quatro aguenta,  é desta, cinco seis desiste, adeus meu amor, vou procurar sozinha um pote de caracóis no fim do arco-íris.

6 comentários:

na prise és bestial disse...

um abraço, querida oito.

sem-se-ver disse...

boa sorte nesse novo caminho.

sete e pico disse...

um grande abraço também querida oito e vais ver que encontrarás o teu pote de caracóis.

JPN disse...

gostei muito do texto. onde está escrito casamento li AlD, li uma relação que perdura. E foi assim que gostei dele. Tocou-me. Porque, talvez seja o meu romantismo mas "um pote de caracois no fim do arco-íris" parece-me, a solo ou a dois, uma aventura que vale por si mesma!

cdgabinete disse...

Coragem! O pote aparecerá!

gerou-se a confusão natural disse...

Vai lá à procura atrás do arco-iris mas olha que esses não são como os do sr. gonçalves, grande benfiquista a quem me rendi, que os tem com orégãos qb. Se quiseres, é só dizer