Chegou a hora de fazer uma limpeza de quase verão. Basta de corações entupidos com amores que corroem, chega de gargantas engasgadas com palavras que nunca foram ditas, alto e pára o baile aos ouvidos congestionados com conversas de ir ao cu.
Peguemos no escovilhão de almas, este maravilhoso e inovador instrumento que vos mostro e que promete a libertação de tralhas desnecessárias que atafulham a existência, o vizinho que ressona alto demais e nos invade os sonhos, os desamores que nos atormentam os dias e as noites, a mãe o pai que não nos deram o que precisávamos (amor atenção disciplina liberdade, ponham a cruz em frente à opção correcta, sendo que se admitem escolhas múltiplas), o trabalho que liberta o escravo que há em nós e nos acorrenta a uma vida de suspiros amordaçados, as preocupações que coleccionamos com um fervor maníaco.
Peguem no escovilhão das almas e descubram como é viver sem todas as pequenas dores que trazemos docemente pela mão.
3 comentários:
ah ganda oito, venham daí os escovilhoes de alma que isto nao há nada como o verao para fazer limpezas de primavera. eu escovilho, tu escovilhas, nós escovilharemos asn nossas almas, xô tormentos inúteis xô.
(o poema é lindo!)
Faxavor, é um pra a mesa do canto.
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