Eu tinha uns patins dourados. Os mais lindos do bairro. Tinha-me trazido do Brasil o meu avô Artur que morava lá.
Com aqueles patins eu voava, fazia voltas interminaveis à volta do candeeiro da praça, descia a rua da minha prima a alta velocidade e espatifei os joelhos uma data de vezes.
Eu tinha os patins mais lindos do bairro e ainda por cima falavam brasileiro.
Um dia a puta da Mariana riscou-me os patins todos com um marcador vermelho. Agora chamar-lhe-iam tags. Tags é o caralho que a puta quis-me foi foder os patins.
Mas bem-feita que nem sequer nunca teve uma bicicleta ou um triciclo ou uma merda qualquer com rodas...acho que nem sequer tem carta, a puta, invejosa...
2 comentários:
vê o lado positivo, ainda conheces amigos da tua infância.
Olha, a box diz hypefami. pois, lá está.
eu ainda me lembro de invejar, muito!, os patins cor-de-rosa da kátia...
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