17 fevereiro 2007

desafio

Recebi hoje mesmo este vídeo por mail. Alguns, muitos de vocês provavelmente já o viram. Por favor, em caso de extrema sensibilidade talvez seja melhor quem nunca viu não chegar sequer a ver. Não pretendo de modo algum que possam ter o resto de dia de merda que tive depois de o ter visto.
Desejo sim, lançar este debate para a mesa e claro que tive este vídeo em conta no meu parecer. Não quero racionalizar, não quero nada, somente deixar-me ir ao sabor do vento como uma mãe que defende um filho contra tudo e todos sem necessidade sequer de justificações e poder oferecer morte igual.

Que fazer quando as palavras não chegam para descrever um acto? Qualquer uma me parece vazia e sem significado....

http://www.hi5.com/friend/video/displayViewVideo.do?videoId=2157390&ownerId=64342616

13 comentários:

anauel disse...

Cara 8 e coisa 9 e tal, não posso deixar de te corrigir nesta discussão. Quando mencionas raça o que tu queres dizer é espécie! A espécie animal versus a espécie humana. Além de que a raça, mesmo dentro da nossa espécie, a humana, já nem sequer existe. É um conceito há muito ultrapassado por tudo o que é ciência social e humana.
Quanto à questão do vídeo, terás reparado nas reacções postadas pela maioria das pessoas no hi5? Todas elas são unânimes: devíamos fazer-lhes (aos homens, aos chineses) o mesmo! Pois eu pergunto: se nem a nossa espécie respeitamos como vamos respeitar as outras espécies? O homem raramente se respeita a si mesmo, respeita muito pouco os seus pares e descendentes, muito menos os seus não semelhantes e ainda estranhamos que não respeite os animais? Longo é o trabalho a fazer e longe está ele de estar completo. Contudo deixo uma ideia no ar: parece-me que geralmente sofremos e reagimos por nos colocarmos no papel de quem sofre (neste acso, os animais) e parece-me que ganharíamos muito mais em nos colocarmos no papel de quem faz sofrer (neste caso, aqueles chineses). Penso que muitas das vezes chegaríamos à conclusão de que não estamos assim tão longe desses "monstros"...

8 e coisa 9 e tal disse...

caro anauel: aqui fica a rectificação. tens toda a razão, de facto seria espécie e não raça a palavra que deveria ter utilizado. de qualquer forma decidi mudar totalmente o texto e retirar-lhe simplesmente toda a parte de palha que não estava ali a fazer nada. a raiva não me deixa sequer achar que existam palavras de todo relevantes para embelezar a historia. fica a nota introdutória e o link para as imagens e mais não é necessário.
de qualquer forma obrigada e concordo com tudo o que disseste.

D. Ester disse...

eu gostava da palha...

Anónimo disse...

d.ester said.

eu tb gostava da palha...dava para acender alguns fogos...

sem-se-ver disse...

não vi o video. nem tenciono ver. já percebi que é sobre maus tratos a animais. não consigo ver. não quero ver. nem a pessoas, claro. não consigo ver. não quero ver.

mas não estou a meter a cabeça na areia. acho é que é por vezes de todo desnecessário ver. para quê?

os princípios éticos não se sustentam em provas, sejam de que tipo forem.

devem é levar-nos a agir sem necessidade de qualquer prova. meramente por uma questão de princípio.

D. Ester disse...

eu também não vou ver o vídeo, não tenho estomago para isso. e é por isso que a palha faz cá falta...

Filipe M. Reis disse...

Brutais, as imagens.
Há aqui, acho eu, várias questões a destrinçar:
1)os animais bons para comer e os que não são bons para comer; esta é uma questão cultural, no sentido em que cultura é aquilo que marca a diferença entre nós e outros. Lembrem-se que os judeus e os muçulmanos não comem porco, para os hindus as vacas são sagradas e por aí em diante.
2)de 1) decorre que normalmente estamos prontos, e de faca afiada, a degolar todos os que comem os animais de que gostamos, ou então, a condenar à infra-humanidade os que comem animais que são para nós repelentes ou simplesmente não-comestíveis.
3) no nosso sistema industrio-alimentar aquela (desagradável)parte do processo em que os animais são criados, transportados e mortos tornou-se invisível. Tudo o que vemos são bifes e nacos vermelhos ou brancos, devidamente embalados e com data de validade. Mas...
4)Não é difícil recolher e montar imagens tão cruéis quanto estas nas quais os protagonistas são frangos, galinhas, vacas ou perús.
5)Na Ásia também se comem gafanhotos e outros insectos. E o peixe é vendido e esquartejado, ainda vivo, nos mercados locais.
6)Para concluir: não se pode confundir códigos de alimentação, animais preferidos e regras de produção, transporte e abate de animais, quaisquer animais. Sob pena de começarmos a confundir tudo e a alimentar cruzadas que só revelam a forma etnocêntrica como olhamos para o resto do mundo (e aqui refiro-me, não à posta, mas aos inenarráveis comentários ao filme no sítio onde foi postado originalmente).

Siona disse...

Por muito menos, tornei-me eu vegetariana.

Não precisamos de matar, nem de fazer sofrer. Podemos sobreviver sem ter de o fazer. Se nos consideramos animais morais, então temos o dever de não só não causar o sofrimento, como ajudar a acabar com ele!

A vida é a única coisa que deveria ser sagrada. De qualquer, e toda a coisa, que se sinta viva!

Anónimo disse...

errm...

os vegetais também são vida, mas isto sou eu a dizer, I que não leve isso a sério, ou ainda, os vegetais nem podem fugir de quem os quer matar, mas lá está...novamente eu a dizer, não leve a sério.

parece-me que o vegeta era um dos dragon balls e não é para qui chamado.

só para dar mais fogo... há diferenças (para o vegetal) quando se corta um vegetal com metais e quando se corta com métodos térmicos localizados

Siona disse...

Nerd: humm, eu não disse algo como... "De qualquer, e toda a coisa, que se sinta viva!".
Os vegetais não costumam sentir, por não terem orgãos cognitivos, nem autoconsciência, por isso posso continuar a comer maçãs sem me sentir culpada ;)

Anónimo disse...

Estou a precisar de óculos, isto é de estar muito tempo no computador.

"A vida é a única coisa que deveria ser sagrada"... ahhh ok, isto é o Decreto-Lei, vem de seguida a portaria regulamentar que concretiza que Vida (V maiúsculo meu) deve ser entendido como algo que se auto-sente "toda a coisa que se sinta viva".

Ergo, a Vida não existe a não ser por auto-percepção.

Hmmm, suponho então que é pacífico ser canibal de comatosos à la bourguignone...

Provocações (bem-humoradas) à parte, há que ter cuidado com as definições.

Eu também não me sinto culpado quando mato seres unicelulares aos milhões de cada vez. Só gostava de saber é porque raio esses mesmos seres se reunem aos magotes para dar cabo de mim. São uns inconscientes, é o que é. e no entanto, movem-se...e vivem ;)

Anónimo disse...

Thought: Why does man kill? He kills for food. And not only food: frequently there must be a beverage. - Woody Allen

Siona disse...

Nerd: man kills because he is a savage who deslikes the taste of lettuce. :)

E, a existirem coisas sagradas, devia ser a (vida) auto-consciente a primeira, sempre (a cerveja também podia ser, mas mais no fundo da lista).