20 abril 2009

Um dia como hoje

Hoje sinto-me estranhamente leve.
Poderia até arriscar dizer que a vida corre-me bem.
Tenho um trabalho e ganho pouquíssimo, mas isso não é de todo um problema.
Estudo coisas que gosto e me preenchem.
Tenho poucos mas valiosos amigos.
Bastantes conhecidos, alguns simpáticos outros nem por isso, mas estes também nos preenchem a vida certo?
A minha família está mais ou menos bem, mas na família nunca nada está sempre bem.
Oiço boa música e fumo um dos meus cigarro preferidos.
Tenho um amor não correspondido, e outros que sou eu que não correspondo.
Adoro a casa onde vivo.
Hoje está sol.

E começo por dizer que estou estranhamente leve.
Pergunto-me se não nos habituamos a viver demasiado as sensações negativas.
Se não nos habituamos demasiado a valorizar o que não está bem.
Todos nós buscamos a felicidade, faz parte da condição humana querer estar bem.
Então questiono-me porque é que não nos sentimos bem a maior parte das vezes.
Hoje sinto-me bem, nem feliz nem triste, sinto-me bem e sinto-me viva, não bastará isto?
Um dia disseram-me que se não criarmos ilusões com certeza não nos podemos desiludir.
Gostava de viver assim mais vezes. Sem que o que poderia ser mau me afecte e o que está bem me
preencha e me faça sentir como estou. Leve.

Não deixa de ser um pouco estranho, mas é sem dúvida muito bom.

2 comentários:

nove e tal disse...

nice mood!

(também quero)

dorean paxorales disse...

"Pergunto-me se não nos habituamos a viver demasiado as sensações negativas."

O primeiro passo para resolver um problema é descobrir a sua existência.