03 abril 2009

Vidas

Há pouco tempo estive durante um mês a apoiar um grupo de mulheres trabalhadoras sexuais num processo de inserção laboral para mudarem de trabalho. Uma delas, Luisa, uma romena que vive aqui há alguns anos, nasceu exactamente no mesmo dia, no mesmo mês e no mesmo ano que eu.

Introduzi o meu nome no gugal, para ver como aparece a minha anónima pessoa por esse mundo tão virtual e tão real. Encontrei-me com a morte, com a morte de uma mulher como eu, com o mesmo nome e a mesma idade, brutalmente assassinada pelo seu ex-companheiro há dois anos atrás.

Eu poderia ser elas e elas poderiam ser eu.

7 comentários:

Tulicreme disse...

Tens um prémio à tua espera no Tulicreme :)

foi dançar a bossa nova disse...

Trabalhadoras sexuais?...

quanto ao resto, sim, há coincidências que nos fazem pensar. e muito.

Anónimo disse...

O uso de eufemismos destes não ajuda ninguém. A prostituição não é trabalho. Dizer o contrário é tapar o sol com uma peneira.

não resistiu ao wiski disse...

Ó chefe e em relação ao conteúdo do post não tem nada a acrescentar?
Não me diga que também está comovedoramente perplexo com o erro da minha múltipla?
hipp!
Afinal não sou só eu......irra!

Anónimo disse...

Perplexo? Não. Estou é divertido. Consigo.
Mas tenho uma dúvida, ainda assim. A não resistiu ao wiski quis mesmo escrever "irra"?
O motivo por que pergunto é simples. Pode ser uma gralha. É que, a avaliar pela sua reacção, podia muito bem ter querido escrever "ira" ou "birra"…

dorean paxorales disse...

"There but for the grace of God, goes John Bradford".

não resistiu ao wiski disse...

Adoro que se divirta comigo caro Anónimo.

Se quiser até faço uma birra só para não o ver desiludido!