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À semelhança de muitas pessoas da minha geração, tenho dois nomes próprios. Tanto um como outro são nomes que considero razoáveis, entendendo-se a razoabilidade aqui por 'gosto'. Acontece que a conjugação dos dois nomes é desastrosa. Resta-me a consolação de ter tal sorte partilhada com as minhas outras cinco irmãs o que - em quase todos os casos - deu origem a associações verdadeiramente 'criminosas'. Refiro ainda que na base da escolha deste segundo nome (perfeitamente dispensável, uma vez que nunca esteve a uso e, por isso, considero-o absolutamente inútil) está uma suposta tradição familiar: segundo nome da minha mãe, nome próprio da minha avó materna, segundo nome da minha bisavó paterna. E é aqui que perco a meada à genealogia do nome.
O momento da escolha do nome de um indíviduo reveste-se da maior importância, marca indelével, companheiro de viagem para toda a vida. Nos anos 70 - e no que respeita a nomes no feminino - estavam na moda as 'Sónias', as 'Cátias', as 'Sandras', as 'Carlas'. Houve também uma vaga de nomes de origem russa: as 'Vanessas', as 'Veras', os 'Andrés', os 'Ivãs'.
Nos anos 80 passou a ser comum perfilhar com um único nome (o nome 'Maria' constitui um dos mais emblemáticos exemplos) e a partir dos anos 90 segue-se uma nova moda - os nomes 'tradicionais', alguns a cheirar a mofo, desenterrados sabe-se lá de que baú: é a época das 'Beatrizes', das 'Ineses', das 'Matildes', das 'Constanças', dos 'Afonsos', dos 'Guilhermes', dos 'Lourenços', entre tantos outros.
A escolha do nome está condicionada a factores de ordem distinta e que variam desde critérios que podem ser de perpetuação de nomes de família (embora numa lógica distinta, não raro era o hábito egocêntrico de colocar ao primeiro filho/a o nome do respectivo progenitor), de ditâmes da moda, de promoção social mediante a atribuição de um nome passível de sugerir uma determinada marca de classe.
Vivi, no entanto, uma situação que considero bastante atípica: no colégio onde estudei tinha companheiras de classe com nomes absolutamente extraordinários: a Fabíola Gisela, a Dora Soledade, a Sandra Lafaiete, a Gina Estela e a Priscila Natacha. Tudo isto numa turma de não mais de 20 miúdas. Não sei como explicar este fenómeno espúrio e de tão fértil imaginação.
Palavras para quê? Os artistas são (quase) todos portugueses. Mas, claro, não chegamos, nem de longe nem de perto, aos calcanhares dos nossos irmãos brasileiros.
19 comentários:
:)
tiro no porta-aviões.
não gosto diminutivos, desculp'!
diminuitivos, i mean, desculp'!
(mas claro q posso ser maria manuela. ou margarida madalena. ou marília mariana. é q as possibilidade são obviamente múltiplas).
hello, my name is mud..
sic, Wild E. Coyote
hello
i like pastrami mit rock and roll
parece que a conversa trigiversou, retome-se então a estrada inicial, é que lembrei-me de uma história a propósito deste tema:
um casal japonês encontra-se numa conservatória do registo civil, na iminência de registar o seu filho recém-nascido. no entanto, ainda não têm o nome escolhido e estão os dois parados, ar aflito e indeciso.
diz então o funcionário da conservatória, farto da espera e do silêncio:
- então? os senhores já chegaram a um acordo quanto ao nome da criança?
- bem... diz o pai da criança - na realidade a escolha é pior do que pensávamos e ainda não decidimos nada.
- se me permitem, diz o funcionário, vou ajudá-los: sugiro joão.
o japonês olha para a japonesa e a japonesa olha para o japonês. desta troca de olhares resulta uma anuência silenciosa.
- bom, diz o japonês, joão está definitivamente posto de lado. mas Sugiro parece-nos muito bem!
p.s. o meu nome? nunca me apanharão viva!
e mr. pirata, deixe lá de me chamar nomes...
marta era irmã de maria.
marta é uma grande amiga minha.
martha é o título de uma música fantástica de tom waits.
gosto do nome marta.
mas EU não sou marta.
(cross my heart swear it's true).
Por falar em nomes, também há aquelas mulheres que, em plena maternidade pedem a lista telefónica, não para escolher um nome, mas sim um apelido.
Pois bem, nasci na década de 70, tenho apenas um nome próprio e não figura no teu Top10. Tenho de agradecer aos meus pais.
Bom fds
monsieur pirata, a minha amiga não é marta sandra. e nem sob tortura lhe direi o meu nome.
romeu, pois é, deves fazer parte não da média mas do desvio-padrão. o teu nome, não figurando no 'meu' top ten, é um nome pleno de significado e de história. os teus pais lá têm os seus motivos, right?
essa da lista telefónica e dos apelidos é que é novidade para mim: então os apelidos não têm q ser necessariamente o da mãe e o do pai? pensava que não havia possibilidade escolha aqui... correct me if i'm wrong.
bom fds p todos e todas
para o pirata:
xqaveccc
(xiça que às vezes é chato com'o caraças...)
"Questions are never indescreet. Answers sometimes are".
ou,
"It is always worth while asking a question, though it is not always worth while answering one".
(O. Wilde)
got it mr. pirata?
p.s. 'xqgadsddm'?! iss'équ'era bom!
cumprimentos, com licença q vou jantar (e beber uma fée-vert à sua saúde). bom fds (não é o acrónimo de uma fée-vert tb?).
só há um nome para isto tudo que está acima escrito e não é nada original, aliás é velho como o mundo e faz-me lembrar a adolescência a tentar impressionar as garinas...
essa do kv622 fez-me surgir uma imagem dum tipo com roupão (o cachimbo é opcional) a la Hugh Hefner... pindérico
boa nôte curti muto esta caixa de cemoentátrios perche tou a leri o libre do tzaramago tutti i nomi y bou ser pai si Zeus quizer un jour deste prochain. arigato.
hahahahaah, granda onda, onda curta!!
fds = fã de satie.
over.
p.s. o onda curta voltou com um grande swell!
o dom pirata, em vez de andar para aí a tentar adivinhar nomes podia antes ter dito: may name is ata, pir ata....
assim, nem ata, nem desata...
Mas esta malta não tem nada para fazer? Conversa da treta enjoativa. Sai uma água das pedras para mesa do canto
receita p d. josé de vicente (e não diga q nao vem daqui),
2 colheres sopa metoclopramida assim q se sentir nauseada. esta benzamida q que inibe os receptores da dopamina na CTZ e actua também directamente sobre o tracto gastrointestinal, tem acção anti-emética muito mais eficaz q essa água das pedras q pediu.
se não, peça o nome da fée-vertE do norte ao pirata. vai ver q lhe passa o enjoo em 3 meios tempos.
estimo as melhoras.
(não me atrevo a perturbar tamanha tertúlia...)
kwqnphsi para vocês tb.
ah... Flor Natacha e Urânia Rosa...I swear!!!
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