Danço aqui para que me vejas. Não tenho medo das minhas pernas demasiado nuas, dos meus braços exagerados, do meu riso sozinho no meio da sala. Sou a mulher sem medo que dança para que a vejas, sou a mulher dos olhos pintados (eu pinto os olhos), das noites cheias de gente e sítios (eu tenho uma vida), da música que oiço e dos livros que leio (roth eno hélder mehldau). Sou a mulher de saltos altos que muda pneus cozinha escolhe vinhos faz broches tem opiniões viaja lê. Sou a mulher que te sorri do meio da sala. Danço aqui porque sou tua embora ainda não o saibas.
5 comentários:
Dos textos mais belos do 8 e coisa-
Parabéns
Perante uma mulher destas um Homem pode perder a cabeça. Ou borrar-se todinho... Glup... Olhem, com toda a honestidade: vocês metem medo aqui à malta que nasceu lá para os anos 60... Cagufa mesmo... porque a mãezinha não nos ensinou que mulher é isto... Mulher era outra coisa... Se lia não andava de saltos altos e se fazia broches então não lia. Certo Mãe? Agora isto é tudo muito confuso e assustador. E ainda bem ó Mãe... Ainda bem... Tu também já deves ter percebido isso desde que arranjaste esse gostosão de 40 anos. Certo Mãe?
muito bonito este amor
muito bom! E grande Manyfaces!
Obrigada obrigada, diz ela de cabeça tombada para trás e as mãozinhas a dar a dar, numa incorporação amaliana que acontece na segunda 4ª feira de cada mês. E agora vou ali inventar mais um amor qualquer coisa, sempre a brincar.
(um abraço à mãe do manyfaces e ao quarentão que lhe anima os dias e as noites)
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