09 novembro 2008

Jardinando

imagem aqui
Um domingo com um sol fantástico, uma noite bem dormida e um jardim para tratar. Resolvi dedicar o dia à jardinagem. Peguei, então, na roupa de trabalho (whatever that means), em luvas, sacho, ancinho, mangueira, terra, água, vasos e plantas e dei início à redecoração do meu quintal.

Tive surpresas e desilusões: os jarros começaram a proliferar pelo quintal, mas o arbusto de alfazema secou quase 2/3, pelo que tive que o cortar. Mas os lírios estão lindos e recomendam-se. Têm a cumplicidade de uma romãzeira que lhes serve de abrigo. As estrelícias estão sossegadinhas num dos cantos. Uma pata-de-leão (ou costela-de-adão) lá vai recuperando depois da chuva de granizo do mês passado, que lhe abriu buracos feios nas suas largas folhas. O hibisco de flor encarnada parece-me débil, mas umas quantas flores reavivam-me a esperança. O arbusto-quase-árvore de lúcia-lima encostada ao hibisco começa a perder as folhas. Para meu gande espanto, vejo a roseira entrelaçar-se por todo o lado, ramos a crescer na mais pura das anarquias. E a pereira do lado direito? Hummm... Vai precisar de um enxerto, não dá fruto há dois anos ou mais.

Entretanto, num canteiro grande plantei jarros, petúnias, hortênsias, agapantos. Semeei salsa e hortelã. Mudei a petúnia de lugar.

A meio dos 'trabalhos', apareceu a minha vizinha da frente, uma senhora amável e que passou o resto da tarde comigo. Ofereceu-me aloe vera que também plantei. Ensinou-me que as plantas não se podem ofender (cortar demasiado) e que a cameleira que tenho de frente para a rua dá uma flor gentil (não muito grande).

Entre a poesia e sabedoria das palavras desta senhora que fez a 4ª classe aos 27 anos, fartei-me de aprender e passei uma tarde com as mãos na terra, na água e ao sol: uma ligação directa aos elementos que são parte daquilo de que, também, faço parte.

A beautiful day!

Sem comentários: