"Se pudesse tornava-me uma espécie de "testemunha de jeová" do ateísmo. "
(Ricardo Araújo Pereira dixit)
E contava comigo para transportar a pastinha. Custa-me muito entender que deuses que em tanta circunstância se revelam ao Homem não se irem com tudo o que o que este faz em seu nome. Não creio...
8 comentários:
talvez seja do cansaço que equilibro em pilhas em cima da cabela, mas a verdade é que não percebi nada.
talvez com um cházinho turbo boost isto vá lá.
O meu problema com os Deuses não é tanto a sua indiferença sisuda perante o desvario da sua criação (poderiam sempre ser tipos despreocupados e irresponsáveis). O problema é a improbabilidade. Como na recente publicidade nos autocarros Londrinos:
"There's probably no God. So stop worrying and enjoy your life"
http://www.timesonline.co.uk/tol/comment/faith/article5459138.ece
Acreditar que Deus existe ou que não existe é uma questão de Fé. Conforta-me estar com a maioria.
Fico contente com muito do que foi feito em Seu nome e que tanto beneficiou a humanidade. Para os mais distraídos, talvez seja útil uma revisão de diversos conceitos que hoje damos por adquiridos e que têm clara origem religiosa.
Não percebo como se pode dizer "stop worrying and enjoy your life" a propósito da putativa inexistência de Deus. Desconfio que a convicção da Sua não existência gerará, isso sim, maior solidão, preocupação e intranquilidade.
Mas cada um sabe de si, e Deus Sabe de todos...
Compreendo o Deus utilitário. E respeito isso. O que serve para fazermos coisas em seu nome, ou o que nos ajuda a adormecer de noite, como o ursinho de peluche do meu filho. Esse Deus foi criado por nós, é um de nós, por isso me comovo com ele e o adoro de vez em quando (todos adoramos). Agora os Deuses do(s) livro(s), os das guerras santas e semi-santas, das redenções dos pecados eternos e vigilantes das virtudes, os omnipresentes e potentes. Esses são improváveis. Os outros existem mesmo. Dentro de nós
Não se trata de utilitarismo mas de consciência da transcendência e do impacto que a mesma tem e teve na vida dos homens (e mulheres, para as radicais do género).
E muito menos de divindades interiores. Essas residem mais no nossa própria vaidade e numa falsa consciência de omnipotência que de vez em quando acalentamos do que na nossa verdadeira e insofismável natureza de seres frágeis e finitos.
Lembro-me sempre da história do santo que passeia na praia e que vê uma criança a fazer um buraco. Pergunta-lhe o santo, que meditava sobre como lhe seria possível conhecer tudo sobre Deus, "o que fazes?".
A criança responde-lhe "estou a fazer um buraco para pôr o mar lá dentro".
O Santo retorque trocista "mas o mar é imenso! Por mais que escaves nunca conseguirás pô-lo todo aí dentro!".
E a criança diz-lhe "E tu, que sabes que não se pode pôr o mar todo dentro de um buraco na praia, como é que ainda não percebeste que a tua cabeça também não é capaz de entender tudo sobre Deus?"
Repito, é tão improvável a existência como a não existência. A avaliar pelas múltiplas epifanias relatadas por tantos homens (e mulheres, para as radicais do género) e nas quais crêem tantos outros ( e outras, para as radicais do género) diria, até, que a probabilidade da existência divina é bastante superior.
Compreendo a tentação da separação dos Deuses das suas mensagens e a descrença face à codificação das mesmas. Mas a Fé também é isso.
Volto ao ponto inicial, desconfio que a convicção da Sua não existência gerará maior solidão, preocupação e intranquilidade.
Gostei do debate. São diferentes opiniões e há que respeitar. Eu mantenho a convicção que a invenção dos deuses terá sido um óptimo tranquilizante e uma forma de o Homem se dar respostas a fenómenos desconhecidos mas tb, e acredito que sobretudo, uma forma de certos Homens, aqueles que dispõem da capacidade de comunicação com o divino, perpetuarem e legitimarem o seu poder. A este propósito, Mel Gibson realizou um excelente filme, de que pouco se ouviu falar.
Tomaste o chazinho, múltipla sequiosa?
Diz um comentador que "Deus foi criado por nós".
Ou este comentador é muito grande, ou eu sou muito pequeno: Ele faz parte da omnisciencia que consegue crair Deus; eu nem consigo sequer emitar Deus.
Ora, se Deus criou tudo o que existe e o tal "comentador" criou Deus, estamos perante o principio e a essencia de todas as coisas.
Aqui, tão perto, a explicação para tudo o que existe, tudo o que se conhece, desconhece, imagina e sonha, e eu imaginar que era necessário um "Todo Poderoso Criador", a quem minguém poderia chegar.
Enfim!!!
Conheci hoje o Criador, O "Deus-pai", Aquele que "era antes de tudo"...
Ou então, alguém fugiu do manicómio!!!!!!
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