a trabalhar com recibos verdes, a engrossar o precariado silencioso que cresce todos os dias. Aqui podem assinar a petição Há... mas são verdes!, contra esta injustiça em que tantos vivemos há demasiado tempo.
começo a achar que essa miseravel situação não tem retorno possivel neste Pais... Em teoria num Pais com assimetrias tão gritantes nas garantias laborais as hordas de precários procurariam partidos liberais que defendessem o fim dos empregos para vida e das leis de trabalho que protegem os instalados.... mas... o que se vê são os partidos laboralmente mais conservadores a dispararem nas sondagens.... voila... Há aqui uma guerra de gerações que se avizinha, mas temo que ela seja perdida por desistência, conformismo político e... emigração.
Em teoria, as pessoas com condições de vida precárias tendem a querer melhores condições para elas e não tanto a querer puxar os outros para o seu patamar de instabilidade. Se essas condições são susceptíveis de ser mantidas é que parece ser o verdadeiro problema geracional. De facto, quem dispara nas sondagens são os partidos laboralmente mais conservadores. São esses que oferecem a quem os procura com o credo na boca a ilusão de que o dinheiro é elástico e que o Estado que os protegerá tem recursos inesgotáveis. Mas do outro lado apenas lhes apresentam como solução o salve-se quem puder individual. Confesso que desconfio tanto de liberalismos radicais como de socialismos estatizantes. Os primeiros tendem a considerar o indivíduo e a sua vontade como a medida de todas as coisas, esquecendo muitas vezes a dimensão social e comunitária sem a qual este não chega a ser plenamente pessoa. E os segundos diluem o ser humano numa massa informe, desprovida de vontade própria, escravizada pela figura tutelar do Estado que o impede de pensar e de agir em liberdade.
2 comentários:
começo a achar que essa miseravel situação não tem retorno possivel neste Pais... Em teoria num Pais com assimetrias tão gritantes nas garantias laborais as hordas de precários procurariam partidos liberais que defendessem o fim dos empregos para vida e das leis de trabalho que protegem os instalados.... mas... o que se vê são os partidos laboralmente mais conservadores a dispararem nas sondagens.... voila...
Há aqui uma guerra de gerações que se avizinha, mas temo que ela seja perdida por desistência, conformismo político e... emigração.
caro Manyfaces,
Em teoria, as pessoas com condições de vida precárias tendem a querer melhores condições para elas e não tanto a querer puxar os outros para o seu patamar de instabilidade. Se essas condições são susceptíveis de ser mantidas é que parece ser o verdadeiro problema geracional.
De facto, quem dispara nas sondagens são os partidos laboralmente mais conservadores. São esses que oferecem a quem os procura com o credo na boca a ilusão de que o dinheiro é elástico e que o Estado que os protegerá tem recursos inesgotáveis. Mas do outro lado apenas lhes apresentam como solução o salve-se quem puder individual.
Confesso que desconfio tanto de liberalismos radicais como de socialismos estatizantes. Os primeiros tendem a considerar o indivíduo e a sua vontade como a medida de todas as coisas, esquecendo muitas vezes a dimensão social e comunitária sem a qual este não chega a ser plenamente pessoa. E os segundos diluem o ser humano numa massa informe, desprovida de vontade própria, escravizada pela figura tutelar do Estado que o impede de pensar e de agir em liberdade.
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