Hoje sonhei com uma rapariga que não conheço mas que me parece familiar, no sonho também estava eu mas era uma eu antiga, do tempo em que tinha ilusões e uma energia para a aventura e para a vida que não encontro nesta eu que sou agora. Apaixonámo-nos. Num ímpeto, disse-lhe que nunca me tinha apaixonado por uma mulher, que não sabia como se fazia mas estava disposta a aprender se ela estivesse disposta a ensinar-me e a ter paciência. Estávamos felizes, muito felizes, com projectos de montar um restaurante, com projectos para a vida. Acordei. O cinzento da minha realidade encurvou-me os ombros. Não me sinto feliz.
3 comentários:
Que bonito. Sinceramente, que bonito.
(Pois, é bonito
mas!
triste e iludido.)
A felicidade seria um desiderato ou apenas o resultado de um bom augúrio?
A evocação de um indefinido não deveria pautar o sentir ocasional.
"Estar vivo é muito arriscado"; confronta a pequena probabilidade de êxito.
Às vezes pergunto-me se a felicidade profissional basta para toda uma vida , ou, pelo menos para parte dela...
E o resto? Não é?
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