30 abril 2008

março 2001 (parte 2)

Estar na ribalta da vida pública não é fácil, os pobres políticos sofrem níveis de stress bastante elevados. Por exemplo, o Alcalde de Apartadó, o nosso presidente da câmara (ou melhor, da junta de freguesia), tem toda uma parafernália de segurança que deixa o silvester stalone a roer as unhas de inveja e outro dia pude assistir a tudo com este dois (ou três) que a terra há-de comer. Quando o senhor sai de casa já tem o carro blindado à porta, com dois homens lá dentro, outros dois a guardar a rua, outro atento à porta do carro, que só abre no segundo exacto em que ele está prestes a entrar, e outro ainda sempre a acompanhá-lo. Em menos de um ai, entra o alcalde e arranca o carro numa velocidade muito superior à permitida pelas leis do país e da cidade que governam.
Outra coisa também curiosa, nos seus discursos à população, sempre diz: a minha cidade, o meu centro desportivo, o meu povo, etc. Um eleitor menos atento ou consciente da realidade até poderia pensar que ele está nesse posto por ordem do divino, que por sinal, tem um conjunto de fãs bastante numeroso, pois igrejas pentacostais, evangélicas, quadrangulares, triangulares, adventistas e de tantas outras formas e feitios, são às resmas, há entre uma e três por cada rua.

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