08 junho 2007

Second life, realidade ou ficção?

Quem ainda não conhece o Second Life como utilizador, provavelmente já viu a reportagem na televisão ou no Youtube ou já ouviu falar por alguém. Um universo totalmente virtual onde o mundo real é reproduzido na íntegra.
Tudo começa como em qualquer outro software em que é necessário um registo para abertura de conta. À escolha, existem três tipos de contas, uma gratuita e outras duas que implicam um pagamento mensal que dá acesso a uma série de regalias dentro do Second Life. Depois deste processo estar concluído é só fazer o download do programa e começar a jogar. A jogar? Não, porque rapidamente percebemos que aquilo não é de facto um jogo. A brincar? Bem, também não. Facilmente percemos também que aquilo de brincadeira não tem nada, é até sério demais. O que começamos mesmo a fazer é a criar um segundo eu e uma segunda vida que, em determinadas circunstâncias pode mesmo vir a competir com a vida real e quem sabe até, pô-la em causa. Todos os utilizadores do Second Life começam por ter de escolher um avatar que os represente logo após o download (o mesmo pode ser depois modificado à posteriori), e são lançados então para uma ilha de aprendizagem onde devem permanecer o tempo necessário para aprenderem as diversas funcionalidades do programa e os vários modos de interacção possíveis do seu novo eu. Estando este processo concluído, o usuário decide quando quer sair da ilha e ser lançado para a mainland onde começa então a verdadeira aventura. À disposição tem um mapa, um motor interno de busca, um canal de chat aberto, um inventário onde vai acomulando e organizando os seus bens, sejam eles de que espécie for e mais uma quantidade de funcionalidades. A reter: A moeda corrente ali no Second Life é o Linden, sendo que o nosso avatar entra no mundo com zero Lindens. Tudo ali dentro está à venda e foi criado por outros usuários. O dinheiro ganha-se trabalhando mas depressa se chega à conclusão que deste modo se permanece sem capacidade de compra e é neste momento que a porca torce o rabo. O Second Life não sobrevive apenas do dinheiro corrente mas de dinheiro real, dólares que os usuários na sua casa real trocam por Lindens para poderem fazer face ao mercado virtual que já lá detém a representação das maiores empresas mundiais, das maiores agências noticiosas, etc. É um mundo a desbravar infinitamente. Cada avatar com que nos cruzamos representa uma pessoa real com quem podemos interagir de todas as formas possíveis, falar, ter uma amizade, conviver, visitar a sua casa, ter relações íntimas, casar e inclusive ter filhos e netos. Já existem casos de pessoas casadas na vida real e casadas com outra pessoa neste mundo virtual. À disposição de todos e de quem tem Lindens para gastar existe de tudo, centros comerciais onde podemos vestir o nosso boneco de todas as maneiras (onde também já encontramos as marcas de alta costura representadas como a gucci, por exemplo), onde podemos comprar a forma para o nosso corpo, a cor do nosso corpo, todo o tipo de cabelos, penteados, etc, tatuagens, piercings e todo o tipo de acessórios possíveis. Podemos ser mais gordas, mais magras, ter mais mamas, menos mamas, mais rabo, menos rabo e podemos inclusive, comprar mamilos e vaginas (sim, leram bem). Podemos comprar "movimentos" para o nosso boneco usar em situações em que queremos dançar, "movimentos" de posições de sexo e o que mais puderem imaginar. Existem casas de prostituição onde se paga caro para ter sexo com outro avatar, existem casas de venda de armas, existem concertos ao vivo, onde realmente estamos a assistir em directo a avatares a tocarem e que representam esta ou aquela banda e até já lá estão editoras de música representadas para gerir os seus negocios dentro deste mundo virtual.
Este texto não acabaria mais....ver para crer e analisar a perigosidade ou não que este universo implica ou pode implicar. Perfeito para qualquer área das ciências sociais e impressionante para qualquer curioso no geral. Aqui vos deixo o link.

10 comentários:

D. Ester disse...

Há uns quantos meses ainda tentei ir lá, fiz um avatar e tudo, mas não me oriento com aquilo. Não consigo entender o interesse da coisa.

O que é mais extraordinário é que mesmo nunca tendo lá estado com os pés de pixeis recebo regularmente mails de outras pessoas a quererem incluir-me no seu círculo de amigos virtuais. Com base em quê, senhores?

E essa coisa de se ir às putas virtuais é extraordinário. às reais ainda chego a perceber, mas pagar para ir virtualmente para a cama com alguém ultrapassa o meu entendimento.

sete e pico disse...

é de facto um mundo, credo!! e quanto tempo se perde por dia nessa secondlife? Se já me falta tempo para esta primeira, quanto mais para uma segunda!!Estive por lá e resolvi nem sequer arriscar a criar um avatar..

Anónimo disse...

Utilizador, minhas gentes, não usuário.

D. Ester disse...

heim?

Ruiva disse...

Eu fiquei logo de olhos em bico quando me obrigaram a escolher o apelido de uma lista absurda (para quem gosta de outros nomes que não os habituais na terra do tio Sam), e mesmo o primeiro nome nem sequer respondeu à primeira escolha... Tenho o avatar, mas acho que não me apanham lá tão depressa!
Realmente a minha vida real não me deixa grande espaço...

Anónimo disse...

conceptualmente, não é muito diferente do outros mundos virtuais onde já joguei (utopia, runescape, WoW) mas esses são em ambiente de reinos, guerreiros, mágicos, enfim, heróis.

este 2nd life tem a mesma matriz das simulações, o que quer dizer que a única coisa que conta para o sucesso nesse jogo é... a Economia - making money factor - estranho, não é?.

dudas barbosa is my avatar - 1st choice

Anónimo disse...

"...Existem casas de prostituição onde se paga caro para ter sexo com outro avatar..."

tá mal, tá muito mal isso de ser caro.

-pirata-vermelho- disse...

'Utilizador', no baile da d. ester, e não 'usuário'...

D. Ester disse...

sim pirata, acabei de verificar que está assim escrito na primeira linha do post. não tinha reparado.

8 e coisa 9 e tal disse...

very very sorry: utilizador pois!