Olhei uma última vez para as minhas unhas encarnadas, cada vez mais compridas e mais parecidas com garras. O som irritante do tec-tec-tec no teclado do computador enervava-me mais e mais. As gralhas redobravam-se a um ritmo alucinante, por falta de sensibilidade na ponta dos dedos e nas respectivas teclas. O verniz ia descascando lentamente. Somado à falta de tempo. E ao volume de trabalho. E a uma casa em pantanas...
Sentei-me no sofá a ponderar a decisão: fútil ou não fútil? Eis a questão. Roí o pedaço de uma unha do polegar. Bastou um primeiro golpe de dentes para não hesitar e munir-me, então, das três ferramentas necessárias para acabar de vez com a recém-adquirida futilidade: algodão, acetona e corta-unhas. Eliminei a cor escarlate, desferi impiedosos cortes nas unhas, de tal forma que estas voltaram ao tamanho de sempre, i.e., rente aos dedos.
Sou uma mulher livre. E finalmente posso limpar a casa. Sem dó nem piedade.
4 comentários:
caríssima, a menina pode ter as unhas arranjadas sem serem compridas. Aliás, essa coisa das unhas longas já passou de moda há que tempos, já lhe ando a dizer isto há séculos.
A menina tem umas mãozinhas bonitas, que têm tudo a ganhar podendo usar um bom verniz na cor que mais se adeque. Pode ousar, usando o encarnado como tem feito, ou optar pelo clássico da manicure francesa, que é maravilhosa para o dia a dia.
Agora não se ponha a roer as unhas, isso é que está definitivamente out.
Sempre sua.
querida tia paula que-não-ela-mesma,
p lhe dizer:
1) já limpei o curral
2) não roo as unhas à C'ANOS!
3) a unha francesa está completamente OUT (assegurou-me a minha última manicure)
a ver s'a tia faz um upgrade das suas preciosas dicas, que tanta falta nos fazem nos tempos que correm...
olhe, um beijinho e um bom fds.
Experimenta pintar de vermelho só as dos pés. As das mãos não sou capaz ,por hora ,que isto a idade reserva-nos algumas surpresas mas as dos pés...
as dos pés?!
No way, jose!
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